Kurt Vile entra em palco com um anúncio da Ucal no ecrã do palco, instantes caricatos que podem ser sinal de que isto é para os que ainda bebem leite. Brincadeira que esperamos que ninguém considere de mau gosto, respeito senhor Vile, e o desejo de um dia lhe conseguirmos descortinar o rosto por trás do farto cabelo. Porém também convém dizer que se tratar sempre tão bem aquelas cordas não há reclamação possível.
Já em Novembro tinha estado em Lisboa a apresentar "b'lieve I'm going down…", se bem que agora em festival, para muito mais gente, perante um palco mais condizente com o seu talento. Esta eterno ritmo sincopado, som que parece urgir de uma campo de vegetação rasteira, meio singular, onde provavelmente se fazem rodeos de chapéu propício.
Com isto chega "Jesus Fever", faixa que estabelece o primeiro momento de maior alarido entre a audiência. Isto ainda que sobre a ideia de que os reais fãs estão lá para a frente, aqui mais a meio, dança-se mas também se conversa demasia, mania cada vez mais notório nos festivais nacionais. Isso é os pseudo sabres de luz da EDP, capaz de quase provocar cegueira.
Depois o momento alto, claro, aquele que teria de chegar quando fosse vez de "Pretty Pimpin", a arte de dizer em coro todos os dias da semana, "But it. was a Monday, No, a Tuesday, No, a Wednesdey, Thursday, Friday, Then Saturday vale around". Esta quinta-feira está engraçada. Ao vento deste dream rock ou indie-folk. Sonhar nunca foi tão barato.