Vela. A desvendar os segredos da Baía de Guanabara antes dos Jogos Olímpicos

As correntes e os ventos fortes tornam o local um dos mais difíceis para competir.

A nove dias do início do evento desportivo os velejadores querem estar preparados para tudo.

Espanha, EUA, Inglaterra, Dinamarca e Bélgica são alguma das equipas que já andam pelas águas de Guanabara, em treino, para compreenderem o sistema de correntes e os ventos.

Estes dois fatores fazem da Baía um dos locais mais difíceis para competir.

“A navegação dentro da baía é muito complicada. Para se estar realmente preparado para os Jogos temos de fazer o trabalho de casa. Os velejadores acreditam que seja mais difícil navegar dentro da baía. Tem que se estar muito atento”, afirmou o polonês Marek Chocian, de 51 anos.

Ex-atleta olímpico, Chocian é um dos técnicos da Alemanha e organizador de regatas de treino.

Os meteorologistas são, muitas vezes, outra peça fundamental para os atletas. Com a ajuda destes profissionais os velejadores definem as rotas de regata possíveis.

O consenso é geral entre os atletas. A vela é o único desporto olímpico onde é preciso viajar com antecedência para conhecer as condições e as possíveis adversidades.

Mas se a condição do vento, a intensidade das correntes ou a baía “fechada” são fator de preocupação entre velejadores, a contaminação da água também não passa despercebida.

Retirar lixo e sacos de plástico já é um hábito, mas o maior receio dos atletas é mesmo a sua qualidade.

No entanto a Secretaria de Estado do Ambiente já garantiu que tudo será feito pelas plenas condições de competição durante os Jogos Olímpicos.