Se não é inédito não deve ter muitos antecedentes: em plena Casa Branca, o presidente dos EUA disse ontem que um dos dois candidatos formais à sua sucessão “não está capacitado” para exercer essas funções. “Se têm que vir repetidamente dizer com duras palavras que o que disse é inaceitável, porque continuam a apoiá-lo?”, perguntou Barack Obama aos rivais republicanos.
“Tem que haver um momento em que se diga basta”, disse Obama, para quem a polémica alimentada pelo republicano com os pais de um soldado falecido no Iraque foi a última prova que Trump “está lamentavelmente incapacitado para ocupar este cargo”. “Mas isto não é uma situação de uma gafe episódica, é diário”, lembrou o presidente ao pedir uma posição mais dura aos republicanos.
Lembrando as personalidades da oposição que nos últimos dias têm marcado distâncias face ao desrespeito do candidato para com os familiares de um herói de guerra, Obama diz que “há um ponto em que tem que se dizer que não se apoia esta pessoa para ser presidente, mesmo que ela diga que faz parte do meu partido. O facto de isso ainda não ter acontecido faz com que as denúncias caiam no vazio”.