Maradona manifestou-se na quarta-feira “frustrado e indignado” pela eliminação da Argentina do torneio olímpico de futebol e juntou-se aos que pedem a Messi que reconsidere a decisão de nunca mais vestir a alvi-celeste.
“Julgo que Messi vai manter a sua decisão. É a minha opinião, mas posso estar errado. Temos de pedir-lhe que regresse. Mas está tudo ainda muito ‘fresco’ e [Edgardo] Bauza [novo selecionador da Argentina] vai ter de ocupar-se de muitos assuntos”, disse Maradona aos jornalistas.
Na sexta-feira, o novo técnico da seleção argentina vai reunir-se em Barcelona com Messi, mas Maradona mostrou-se cético quanto à ‘missão’ do selecionador argentino em convencer o jogador, que anunciou o abandono da seleção depois da derrota na final da última Copa América, e ‘reabilitar’ a seleção.
“Estamos mal. Muito mal. Desejo a melhor sorte a ‘Paton’ [Edgardo Bauza], mas vai ser complicado o apuramento para o Mundial de 2018”, prognosticou Maradona.
A seleção olímpica da Argentina foi eliminada depois de ter ficado no terceiro lugar do Grupo D, no qual Portugal terminou em primeiro (defronta agora a Alemanha nos quartos de final).
A Argentina entrava para a última jornada com aspirações de apuramento, mas o empate 1-1 com as Honduras, seleção que também seguiu para os ‘quartos’, comprometeu todas as aspirações alvicelestes.
“Entrámos com uma equipa em que não sabemos quem é quem no ‘onze’. Com todo o respeito, os hondurenhos jogam muito bem basebol, mas de futebol não percebem nada”, afirmou Maradona, 55 anos, que continua a ser considerado um dos melhores jogadores de sempre.
Maradona manifestou-se também disponível para regressar ao comando técnico da seleção do seu país, cargo que exerceu, sem grande sucesso, entre 2008 e 2010.
“Espero voltar a ter outra oportunidade”, admitiu.