Quando Chris Christie chegou a governador, a dívida dos casinos de Donald Trump ao Estado de New Jersey estava estimada em 30 milhões de dólares. Um ano depois, no final de 2011, Trump pagou apenas 5 milhões.
Especialistas legais esclareceram ao New York Times que por vezes há acordos de amortização de dívida para evitar mais custos em tribunais, no entanto, a dimensão da quantia perdoada é manifestamente anormal.
O acordo torna-se suspeito devido à próxima relação que Christie desenvolveu com Trump durante as presidenciais americanas que decorrem. O governador foi um dos primeiros membros do Partido Republicano a declarar o seu apoio ao polémico magnata, após ele mesmo retirar-se da corrida à nomeação para a Casa Branca.
Este não é o primeiro escândalo fiscal na campanha de Donald Trump. Há vários meses que a pressão para o candidato revelar as suas declarações de impostos aumenta. O argumento para não o fazer é o facto de as suas finanças pessoais estarem envolvidas em processos que, segundo o próprio, pedem sigilo.
A sua campanha, desde a constante mudança de pessoal ao plágio de discursos, mostra-se cada vez mais fruto do improviso.
O porta-voz de Chris Christie negou que o governador tivesse conhecimento do processo de litígio – que durou seis anos num tribunal do seu Estado – recusando ao Times um comentário sobre a disputa entre New Jersey e Donald Trump.
Chris Christie foi convidado no último casamento de Trump e Trump foi figura de destaque na tomada de posse do governador em 2010, tendo sido um dos seus maiores doadores.
Christie era um dos favoritos para o lugar de vice-presidente de Trump, mas a escolha acabou por cair em Mike Pence, um conservador mais tradicionalista e de reputação mais isenta. Na Convenção Nacional Republicana, o governador descreveu Trump como “um leal amigo há mais de dez anos”.
