No entanto, se em Drítec isso não lhe deu mais do que um 33º lugar, dada a facilidade com que os jogadores lidaram com o Golf & Spa Kunectiká Hora, também esta semana percebeu desde o primeiro dia que jogar abaixo do Par não seria suficiente para obter uma grande classificação.
Com efeito, só três dos 41 participantes deste torneio de 250 mil euros em prémios monetários chegaram ao final da quarta volta com um resultado acima do Par e as -12 de Filipe Lima não lhe permitiram sequer um top-10, embora o 13º lugar (empatado) deva ser considerado uma classificação positiva.
Sobretudo depois do desgaste físico e emocional de encaixar cinco semanas consecutivas de competição, com viagens intercontinentais (Europa-Brasil-Europa) e uma inédita presença olímpica.
O Rolex Trophy é um dos torneios mais importantes do Challenge Tour e Filipe Lima tinha boas memórias da prova, no Clube de Golfe de Genebra, onde foi 3º classificado (-16) em 2013.
O português residente em França, de 34 anos, andou sempre a perseguir o top-10 sem consegui-lo: Era 19º aos 18 buracos com 71 (-1), subiu a 13º aos 36 depois de 68 (-4), continuou a subir para 11º aos 54 após 69 (-3), mas hoje a boa volta de 68 (-4) não evitou a perda de 2 posições para 13º.
O total de 276 pancadas, 12 abaixo do Par, deixou-o a 2 do top-10 e rendeu-lhe um prémio de 4.600 euros. A conversão em pontos para a Corrida para Omã não melhorou o 26º lugar que já ocupava na semana passada, mas aproximou-se do 25º posto do holandês Jurrian van der Vaart, que não conseguiu melhor do que ser 39º (+1) em Genebra.
E já que referimos o ranking do Challenge Tour, Ricardo Santos, que não se apurou para este torneio helvético, cedeu apenas 1 posição, sendo agora o 45º, ou seja, mesmo no limite da qualificação para a Grande Final em Omã, em novembro.
O Rolex Trophy joga-se no formato de Pro-Am nos quatro dias de prova, num total de quatro Pro-Am independentes. No da passada quarta-feira, em que cada profissional jogou ao lado de um promissor jogador de sub-18, Filipe Lima foi 3º classificado, emparceirando com a francesa Charlotte Ménager.
O formato mais descontraído de Pro-Am, de que alguns profissionais não gostam por lhes prejudicar a concentração, foi uma das razões do sucesso do vencedor do Rolex Trophy, o sul-africano Dylan Frittelli.
«Foi maravilhoso ter jogado com os amadores esta semana. Muitos profissionais julgam que é mais difícil assim, mas para mim é ótimo. Joguei com pessoas diferentes, muitos deles eram amadores locais que me deram informações preciosas do clube e da cidade e o espírito de camaradagem ajudou-me», disse o jogador de 26 anos.
Dylan Frittelli somou 268 pancadas, 20 abaixo do Par, entregando cartões de 71, 65, 66 e 66.
O segundo título do Challenge Tour da sua carreira, depois do de 2013 no Kӓrnten Golf Open, valeu-lhe um prémio de 30 mil euros e uma enorme subida ao 3º lugar da Corrida para Omã.
Hugo Ribeiro / FPG
Fotografias: Publicado no Facebook pelo Golf de Maison Blanche (Lima e Ménager) e de Chris Turvey (Frittelli)