Desemprego no nível mais baixo em sete anos

Pela primeira vez desde o verão de 2009, há menos de 500 mil desempregados nos centros do IEFP

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelou esta segunda-feira que, no final de julho deste ano, estavam inscritos nos respetivos centros 498 mil desempregados. É o valor mais baixo desde julho de 2009 e a primeira vez em sete anos que este indicador desce abaixo das 500 mil pessoas.

O total de desempregados registados no país diminuiu quer em comparação com o mês homólogo de 2015 (-6,6%), quer face ao mês anterior (-2,7%). Segundo a nota mensal do IEFP, “a desagregação por ramo de atividade económica permite observar uma diminuição generalizada na maior parte das atividades económicas”.

As descidas percentuais mais acentuadas verificaram-se na “fabricação de outros produtos minerais não metálicos” (-20,7%), na “fabricação de têxteis” (-18%), no “comércio, manutenção, reparação de veículos automóveis e motociclos” (-16%), no “fabrico de mobiliário , reparação e instalações de máquinas e equipamentos e outras indústrias transformadoras” (-15,5%) e a na “construção” (-15,4%).

Segundo o IEFP, a descida anual do desemprego fez-se também sentir em todos os níveis de instrução, embora o decréscimo percentual mais elevado seja no 1º ciclo do ensino básico. A nível regional, o desemprego diminuiu em todas as regiões do país, com o valor mais elevado na região do Algarve (-19,2%). 

Os dados divulgados pelo IEFP confirmam a tendência de recuo do desemprego no segundo trimestre, com a taxa a cair para 10,8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística. 

Para o governo, a tendência é positiva. “Desde o segundo trimestre de 2010, há seis anos, que não havia uma taxa tão baixa e isso é um indicador que naturalmente é positivo e que deve traduzir-se num sinal de confiança”, sublinhou o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita.

“Não há dúvida que, do ponto de vista da evolução de longo prazo do mercado de trabalho, são dados muito positivos quando comparados com os outros anos e com o último trimestre”, acrescentou, alertando, contudo, para o número elevado de pessoas que continuam desempregadas: “Temos de continuar a trabalhar para baixar estes níveis de desemprego”.