Do centro de Itália ao centro da Birmânia vai uma distância aproximada de 8 200 quilómetros. Ontem, os dois países foram palco de fortes sismos: se em Itália o abalo atingiu os 6,2 graus na escala de Richter, na Birmânia subiu até aos 6,8. Mas com resultados também bastante distantes em termos de vítimas mortais. Enquanto nas regiões italianas de Úmbria e Marcas o sismo deixou um rasto de morte, com pelo menos 120 vidas perdidas, na região de Bangan, no centro da Birmânia, conhecida pelos seus pagodes, as vítimas mortais eram ontem três.
O mundo treme todos os dias. Isso é um facto bem conhecido. Todavia, numa rápida consulta aos registos dos últimos seis dias do centro norte-americano de monitorização da atividade sísmica mundial – United States Geological Survey (USGS) – constata-se que os abalos têm sido fortes e espalhados por vários continentes e oceanos.
No dia 18 de agosto, a costa de Bowen, na Austrália, sofreu o segundo sismo mais violento registado na costa leste do país e o mais forte dos últimos 20 anos. Também sem registo de danos, o abalo chegou a uma magnitude de 5,7. Um dia depois, na região do arquipélago da Geórgia do Sul (entre o final do continente sul-americano e a Antártica), registou-se um sismo de 7,4 na escala de Richter, em pleno Atlântico Sul. Não houve notícias de danos e vítimas.
A 20 de agosto, foi a vez do Japão registar um violento abalo, mas também sem danos humanos e materiais significativos. A magnitude chegou aos 6 graus na região de Miyako e mais uma vez o epicentro aconteceu no mar, desta vez no Pacífico.
A 21 de agosto, o maior abanão do dia voltou ao Atlântico e às ilhas da Geórgia do Sul. Os sismógrafos registaram uma magnitude de 6,4. Já o Japão foi fustigado no dia 22 por um sismo de 5,6 graus na escala de Richter, na zona das ilhas Izu, em plena costa do Pacífico.
Esta terça-feira, os ‘abanões’ desceram até à Indonésia: na região de Nebe, a terra tremeu sob o efeito de um tremor de terra que atingiu, sem registo de danos significativos, os 6 graus na escala de Richter.
