Apesar de, na passada noite de quinta-feira, ter sido dada uma oportunidade aos verdadeiros fãs da saga – também conhecidos como trekkers – de assistirem a este Star Trek: Além do Universo, a verdade é que o filme só chega às salas portuguesas no dia 25 de agosto.
Mas chega com um impressionante cartão de visita: não só este é o ano em que assinalam os 50 anos sobre a estreia da série original, como, nos EUA, onde o filme estreou no final de julho, ocupou automaticamente o primeiro lugar das tabelas, com uma faturação de 59,6 milhões de dólares no primeiro fim de semana. Além de ter reunido o aplauso dos fãs e da crítica mais adepta deste género, que o tem apontado como fiel às origens, mas muito mais espetacular e longe do engodo normalmente associado às sequelas.
Aquele que é o 13º filme desta saga foi realizado, não por J.J.Abrams – o homem responsável pelo relançamento dos filmes Star Trek – mas por Justin Lin (Velocidade Furiosa), e no elenco conta com Chris Pine como James T. Kirk, Simon Pegg no papel de Scotty, Zachary Quinto no papel do mítico Spock, Zoe Saldana como Uhura, John Cho como Sulu, Idris Elba como Krall, e ainda a estreante na saga Star Trek Sofia Boutella, que dá vida a Jaylah, e Anton Yelchin, o ator que interpretou Pavel Chekov, e que morreu num acidente de automóvel pouco antes da estreia mundial deste filme.
Longe, em termos temporais, da série criada em 1966 por Gene Roddenberry, mas na verdade não assim tão longe em termos de conceito, neste Star Trek: Além do Universo a tripulação da USS Enterprise – sim, ainda há vacas sagradas no cinema – está no terceiro ano de uma missão que deveria durar cinco quando é atacada por uma força liderada pelo vilão Krall – cujo ódio pela Federação parece não conhecer limites -, acabando por ter de abandonar a nave e ficar entregue à sua sorte num planeta desconhecido. É aqui que a tripulação conhece Jaylah, uma sobrevivente neste planeta e a grande novidade deste Star Trek em termos de personagens.
Star Trek: Além do Universo é um filme de ação, mas não deixa de ser a ficção científica que agradou a tantas gerações. Mas é também um filme onde as relações humanas saem valorizadas, tal como o humor, e onde o mundo atual (e real) marca presença forte, nomeadamente através da revelação da homossexualidade de Sulu.
Apesar de ainda não ter data nem realizador anunciados, a Paramount Pictures já anunciou estar a trabalhar em mais um filme desta saga. Um projeto que provavelmente contará com o regresso de Chris Hemsworth ao papel de Kirk.