A notícia é avançada pela Bloomberg, que garante que as quedas continuaram no segundo trimestre, altura em que a empresa perdeu 638 milhões.
Numa conferência de empresa organizada pela empresa, a Uber justificou a perda de receitas com os subsídios que garante aos empregados.
Também o The Guardian faz contas ao prejuízos da empresa e noticia que, durante o ano passado, a Uber já tinha perdido, pelo menos, dois mil milhões de dólares.
Recorde-se que, no total, esta plataforma está avaliada em mais de 61 mil milhões de euros.
Empresa no centro da polémica
Depois de o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, ter dito em março que, em Portugal, o transporte de passageiros tem de ser feito por operadores de transporte e a Uber não tem este estatuto, a Uber reagiu salvaguardando que é uma plataforma de tecnologia e não um operador de transporte e, por isso, não existem regras legais que limitem a sua atividade. Além disso, também consideraram que as medidas cautelares que foram decretadas por um tribunal em Portugal não vinculam a operação no mercado português.
A verdade é que a presença da Uber em Portugal está longe de ser pacífica. Os taxistas têm protestado por diversas vezes contra o serviço de transporte da empresa, inclusive através de manifestações.
Este descontentamento generalizado obrigou mesmo o ministro do Ambiente a solicitar à Comissão Europeia informação sobre o serviço de transporte privado da Uber para a “adoção de uma estratégia comum” para toda a Europa.
Mas este conflito não acontece apenas em Portugal. Várias cidades europeias já foram palco de manifestações. No verão passado, em Paris, por exemplo, os taxistas cercaram os principais acessos à capital, numa das mais violentas manifestações contra esta plataforma.