O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu que não irá marcar presença no encontro que tinha agendado com Rodrigo Duterte, esta esta terça-feira, um dia após ter sido insultado pelo último.
A decisão surge depois de o chefe do governo de Manila ter chamado “filho de uma prostituta” ao líder norte-americano, por não ter gostado de o ouvir criticar o seu plano de combate ao tráfico de droga, afirmando ainda que se recusava a aceitar lições de direitos humanos, vindas do presidente dos EUA.
O encontro entre os dois chefes de Estado estava marcado para esta terça-feira, no Laos, por ocasião da realização da conferência da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), naquele país.
“Obama não participará no encontro bilateral com o presidente das Filipinas”, confirmou Ned Price, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança norte-americano, citado pelo jornal espanhol “El País”.
Após ter tido conhecimento desta recusa, Duterte tentou emendar a mão. Num breve comunicado, lamentou que o líder norte-americano tivesse tomado os seus comentários como um “ataque pessoal” e disse “não ter qualquer problema com os EUA”.
Esta não foi a primeira vez que Duterte chamou “filho de uma prostituta” a uma figura pública. No passado, o Papa Francisco e o embaixador norte-americano nas Filipinas também receberam o referido cognome. Sobre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, o presidente filipino tinha-se ficado pelo “louco”.