Sol & Sombra

A opinião de José António Lima

SOL

António Guterres

Venceu a terceira votação consecutiva dos membros do Conselho de Segurança, consolidando a posição de candidato melhor colocado para assumir o cargo de secretário-geral da ONU. É certo que tudo vai depender dos atuais vetos (de Rússia, China e EUA, em particular) e de acordos já traçados nos bastidores diplomáticos. Mas as suas excelentes e convincentes prestações estão a complicar a tão falada escolha prévia de uma mulher e de Leste (sendo as búlgaras Bokova, da Unesco, e Georgieva, da CE, as principais adversárias) para liderar as Nações Unidas. Para já, mantém a pole position. Em outubro se verá se a mantém.

Jaime Gama

Numa das suas cada vez mais raras, mas sempre inteligentes, intervenções políticas foi à Universidade de Verão do PSD criticar o ‘oportunismo’ de uma certa esquerda sobre a Europa. Defendeu o projeto da União Europeia e denunciou a irresponsabilidade dos que ‘passam certidões de óbito à UE’ e se fixam ‘na descrença e no desinteresse’ em relação à Europa. Foi um recado direto aos atuais parceiros políticos do PS, o BE e o PCP, mas também a setores socialistas do partido que se afastaram da matriz europeísta do PS e alinham com o radicalismo nacionalista anti-Bruxelas. Haja quem saiba repor a identidade política e internacionalista do PS.

João Mário

O médio do Sporting e da Seleção campeã da Europa protagonizou a maior transferência de sempre de um jogador português a jogar em Portugal, um negócio de 40 milhões de euros (mais 5 milhões por objetivos). Com Renato Sanches e Raphael Guerreiro é um símbolo da valorização dos jogadores de Portugal no Euro-2016. E, com Adrien, William Carvalho e Rui Patrício, representa o sucesso inesgotável da escola de formação sportinguista. Só lhe falta triunfar também no Inter, em Itália.

SOMBRA

Fernando Gomes

Depois de Gibraltar, quem vão convidar? A seleção separatista da Catalunha, para hostilizar ainda mais o único país com o qual temos fronteira? Qual a ideia peregrina e anticastelhana que se segue na cabeça do presidente da FPF? Não chegava já, como provocação a Madrid, ceder o estádio do Algarve para Gibraltar (um resquício do colonialismo britânico) realizar os seus ‘jogos caseiros’? A hierarquia da FPF é irresponsável ou apenas ignorante no que toca a questões diplomáticas?