A conclusão faz parte de um relatório sobre reformas fiscais efetuadas durante o ano passado. O documento divulgado esta quinta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mostra que “depois de vários anos de aumentos anuais”, a carga fiscal sobre o trabalho acabou por estabilizar na média dos países que fazem parte deste organização.
Já no que respeita aos rendimentos mais baixos, carga fiscal desceu “ligeiramente” num conjunto de países. No entanto, Portugal foi uma das exceção à descida da carga fiscal e lidera a lista do conjunto de países onde houve um aumento.
De acordo com a organização, em Portugal, a carga fiscal para os trabalhadores com baixos rendimentos aumentou, em 2014 e 2015, o que coloca o país no topo da tabela. A segunda maior subida verificou-se na Áustria (1%), seguida da subida da carga fiscal no Luxemburgo (pouco acima dos 0,5%).
O relatório da OCDE divulgado esta quinta-feira explica “o aumento da carga fiscal sobre os trabalhadores com baixos rendimentos foi particularmente elevado em Portugal, onde o sistema de crédito fiscal foi tornado menos progressivo”.
O documento mostra ainda que Portugal também ocupa os primeiros lugares da tabela dos países que mais aumentaram o peso dos impostos no Produto Interno Bruto (PIB) entre 2010 e 2014, em linha com a Grécia, com uma subida de cerca de 4 pontos percentuais.