“Estar de cabeça limpa é o que todos desejamos quando realizamos o nosso trabalho. Ter a tranquilidade mental e a saúde física para desempenhar as funções que nos são exigidas da melhor forma possível. Para isso, são necessárias condições de trabalho, condições para sermos profissionais”. É desta forma que se inicia o texto da petição lançada esta semana por produtores, figurinistas, atores e encenadores e que alerta para a precariedade laboral dos artistas, para além da escassez de financiamento para o próximo ano.
“O cenário de 2017 não se afigura risonho. Estamos perante a possibilidade de serem suspensos os concursos plurianuais da DGArtes e de estender por mais um ano o apoio às estruturas que deles estavam a usufruir. É certo que a intenção de reformular os regulamentos dos concursos é de louvar, mas não podem os trabalhadores e as estruturas ficar, outra vez, prejudicados por esta boa intenção”, dizem os subscritores do documento elaborado pelo Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual) (CENA) e pelo STE e endereçado ao Presidente da Assembleia da República, ao primeiro-ministro, aos ministros do Trabalho da Solidariedade e da Segurança Social e da Cultura e ainda à Direção-Geral das Artes.
A petição pede ainda para que seja cumprida a “intenção de ouvir todos os agentes do setor para a reformulação dos regulamentos dos concursos de apoio às artes” e “que as estruturas de criação artística vejam refletida na sua carga fiscal a relevância que têm como agentes de dinamização artística, cultural e social”.