A bicampeã nacional de profissionais, Susana Ribeiro, chegou a liderar o Açores Ladies Open e ao fim de três buracos era uma das três jogadoras no topo da classificação com 1 pancada abaixo do Par, mas no final da primeira volta ocupa o 32º posto (empatada), com 79 pancadas, 7 acima do Par do Batalha Golf Course, em São Miguel.
«Já nos disseram do LETAS (Ladies European Tour Access Series, a segunda divisão feminina europeia) que passam o cut as 30 primeiras e empatadas, pelo que estou a 1 pancada do cut», explicou a profissional do Guardian Bom Sucesso Golf que, quando meteu um putt de 7 metros no buraco 5 do percurso C do Batalha Golf Course, (o seu 14º buraco do dia), estava ainda bem classificada, no 13º posto.
«No buraco 6 dei o segundo shot para fora, falhei-o à esquerda, ainda por cima fiz 3 putts. Isso custou-me 1 triplo-bogey e foi muito mau porque impediu-me de fazer um bom resultado», acrescentou Susana Ribeiro que, não fossem essas 3 pancadas perdidas no 6, estaria neste momento no top-10!
«Fiz 2 birdies e houve outros que não entraram, sinto que estou a “patar” bem, meti alguns putts importantes para salvar pares. O birdie no buraco 5 foi de uns 7 ou 8 metros, fiquei animada, é sempre uma motivação fazer um bom birdie, àquela distância, mas no buraco seguinte fui-me logo abaixo. Regra geral não joguei mal, não fiquei descontente», analisou a única portuguesa a jogar o mais importante de golfe feminino em Portugal.
Das 47 jogadoras de 21 países que compareceram hoje na competição de 30 mil euros em prémios monetários, a melhor foi Leena Makkonen, com 70 pancadas, 2 abaixo do Par, a única a bater o Par-72 do sempre difícil Batalha Golf Course (percursos C+A). «Comecei muito bem, logo com 1 birdie no buraco 1, fiz bogeys no 2 e 6, senti muitas dificuldades no 7 e no 8 mas salvei bons pares e depois ajudou muito ter arrancado 1 eagle no 9. Comecei logo o back nine com 1 birdie no 10 e veio outro no 12. No final da volta estava um pouco nervosa (bogey no 16) porque esta época não tenho tido muito bons resultados e isto ajuda muito», disse a finlandesa de 29 anos.
Leena Makkonen converteu o único eagle do dia e procura ainda o seu primeiro título no LETAS. Os seus melhores resultados foram dois top-10 na época transata e gosta bastante de competir em Portugal, «tanto no continente como nos Açores», tendo jogado «em 2015 na Ilha Terceira», onde não passou o cut.
A sua liderança está presa por 2 pancadas sobre a francesa Astrid de Pradenne, a sueca Sarah Nilsson e a espanhola Luna Sobrón. A francesa é a 20ª do ranking LETAS, a sueca é a 16ª e a espanhola a 7ª. Luna Sobrón, ex-campeã europeia e antiga vencedora do Campeonato Internacional Amador de Portugal, ganhou esta temporada o Terre Blanche Ladies Open, em França. Nessa altura ainda era amadora, mas, entretanto, tornou-se profissional e o Açores Ladies Open é particularmente importante, pois se ascender ao top-5 do ranking coloca-se na luta para subir em 2017 ao Ladies European Tour, a primeira divisão europeia.
O mais importante torneio feminino português e o segundo mais relevante do calendário nacional, logo depois do Portugal Masters, prossegue amanhã, a partir das 9h30. Susana Ribeiro sai às 9h50, no tal grupo fortíssimo que inclui a n.º1 do LETAS, a austríaca Sarha Schober (ocupa o 8º lugar com +3) e a espanhola Maria Parra, vencedora de dois títulos em 2016 (é a 15ª com +4).
O 6º Açores Ladies Open tem o alto patrocínio do Governo Regional dos Açores. O promotor nacional é a Stream Plan, empresa que encerra nos seus quadros e em parcerias diretas uma vasta equipa com grande experiencia na organização de eventos desportivos (Volta a Portugal em Bicicleta, Volvo Ocean Race, Rali Dakar, Campeonatos do Mundo de Vela, Troféu de Portugal TP52, Lisbon Grand Prix Offshore, WCT Figueira Pro, etc.). Em golfe, alguns dos seus elementos foram responsáveis ou colaboraram, para além das edições anteriores do Açores Ladies Open, na realização de mais de 30 eventos do European Tour, incluindo o Open de Portugal, Estoril Open, Madeira Islands Open e Brazil Open e ainda inúmeros eventos do European Challenge Tour, Ladies European Tour e European Seniors Tour.
A organização do evento está ainda a cabo da Azores Golf Islands / Ilhas de Valor – entidade que tem acompanhado a promoção e organização do evento desde a sua origem, contando também com o reconhecimento oficial da PGA de Portugal (associação nacional de profissionais de golfe) e da Federação Portuguesa de Golfe, organismo máximo do golfe nacional. O 6º Açores Ladies Open conta ainda com os apoios da SATA e Azores Airlines, Vista Alegre, Panazorica e Murganheira.