«Há uma data de abertura que não publicitámos porque sabemos que as obras têm tendência a derrapar, em Portugal e no mundo», afirmou em janeiro o presidente da Fundação EDP, Miguel Coutinho, ao Diário de Notícias. Mas os receios de uma derrapagem não se confirmaram e o MAAT_– Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia vai inaugurar já na próxima terça-feira, 4 de outubro, às 18h30. Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa estarão presentes.
No dia seguinte, é a vez de o museu abrir ao público, com 12 horas de eventos, performances e concertos gratuitos, naquilo que se pretende que seja «uma festa aberta à cidade».
O_novo edifício, que funcionará em complementaridade com a Central Tejo, na zona ribeirinha de Belém, tem a assinatura da arquiteta britânica Amanda Levete, cujo ateliê desenhou também a extensão do museu Victoria and Albert, em Londres. Com uma fachada curva revestida a cerâmica – o que já levou a que o comparassem a uma concha –, possui uma rampa relvada que permite caminhar sobre o teto da construção, o qual é descrito como «uma plataforma panorâmica para o Tejo e para toda a área cultural de Belém». Para a sua autora, «este é um projeto sobre água, luz, reflexos e pessoas».
A inauguração do edifício coincide com a abertura de três exposições no MAAT: Pynchon Park, de Dominique Gonzalez-Foerster, multipremiada artista francesa que vive entre Paris e o Rio de Janeiro; The World of Charles and Ray Eames, sobre o influente casal norte-americano de designers; e A Forma da Forma, uma mostra de arquitetura com curadoria do falecido Diogo Seixas Lopes.
Além de receber exposições temporárias, o_MAAT_será a nova ‘casa’ da coleção da Fundação EDP, iniciada em 2000. Possuindo obras desde a década de 60 do século XX, nela estão representados 250 artistas portugueses. Em 2015, passou a incorporar a Coleção Pedro Cabrita Reis – «um acervo que, com 388 obras de 74 artistas, retrata a geração de artistas que emergiu em Portugal entre o final do século XX e o início deste século».
A direção artística do MAAT está a cargo do arquiteto Pedro Gadanho, que vem do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e que conta com a colaboração de duas curadoras para a coleção, Rita Costa Gomes e Ana Anacleto.