Festival. Guimarães com a promessa de ter Mucho Flow

A cidade de minhota prepara-se para bailar, no próximo sábado, durante 12 horas seguidas, na quarta edição do Mucho Flow. Nite Jewel (na foto), Blanck Mass, Bo Ningen, Memória de Peixe, Salim e Toulouse são alguns dos projetos que fazem parte do alinhamento

A diversidade sonora é uma das bandeiras agitadas pela organização, a Revolve – editora e promotora dedicada à chamada música independente. O palco que acolhe o Mucho Flow 2016 será o CAAA de Guimarães, que abre as portas a partir das 15h, apesar de a música só se começar a ouvir lá mais para as 18h. O evento propõe-se a oferecer “o melhor da música que ainda não é pop e o que de mais fresco o futuro traz”, como descreve a organização.

Depois de ter tocado em Lisboa (Galeria ZDB), na terça-feira, Ramona Gonzalez leva até ao Minho o seu projeto que está com um pé na pop e outro na eletrónica de sintetizadores, Nite Jewel. A californiana editou, este ano, o quinto trabalho de longa-duração, Liquid Cool, e será esse o álbum que terá o papel principal no Mucho Flow. Este ano também já lançou o resultado da colaboração que fez com o produtor Dâm-Funk, em Nite Funk, e se mostrar algumas dessas mais recentes faixas no festival será, certamente, um dos grandes bónus da noite.

Ainda no campo da eletrónica, sublinhe-se as atuações dos escoceses Naked, acabadinhos de editar o distorcido, caótico e perturbador ZONE, álbum de estreia da dupla de Agnes Gryczkowska e Alexander Johnston; e do produtor compatriota Blanck Mass que também está a divulgar o novo e igualmente frenético álbum, D7-D5.

Do alinhamento, e numa seleção nacional, sublinhe-se o regresso dos Memória de Peixe que têm um novo disco, Himiko Cloud, que propõe levar os infinitos loops de guitarras e baterias para outras paragens. A “jogar em casa” estarão os Toulouse, que apresentam o disco de estreia Yuhng e que tem vindo a despertar já paixões com o tema Juniper.

O Mucho Flow prolonga-se pela noite dentro e pelo CAAA passam ainda Bo Ningen – o quarteto japonês de noise-rock; os Bruxas/Cobras – o baterista Ricardo Martins junta-se ao baixista Pedro Lourenço; o folk de Captain Boy; o violoncelo em loop de Joana Guerra; e as canções de Lourenço Crespo e Sallim (dois representantes da editora Cafetra Records). Espaço e tempo também para a sugestão de hipnose visual de Radioscope #2, do cineasta Jorge Quintela, e, certamente a fechar a pista, DJ Lynce.

Os bilhetes para esta quarta edição do Mucho Flow custam 10€.