Depois de ter varrido as Caraíbas e deixado um rasto de destruição, o furacão Matthew encaminha-se para os Estados Unidos da América. O vento forte e as chuvas copiosas sao esperados já este sábado, sobretudo na Flórida. Nas localidades sob ameaça, as prateleiras dos supermercados ficaram vazias em poucos dias. Ainda antes da chegada dos ventos, voaram as sopas enlatadas, as águas engarrafadas e o pão embalado. Espera-se que os avisos possam minimizar os efeitos do furacão. «Esta é uma tempestade a sério», alertava esta sexta-feira Barack Obama. Florida, Geórgia, Carolina do Norte e do Sul deverão ser os estados mais atingidos pelo Matthew. Os quatro estados recomendaram a cerca de dois milhões de pessoas para deixarem as suas casas, a maior parte residente na Florida. Ainda esta sexta-feira as autoridades mobilizaram centenas de carrinhas escolares para transportar idosos e pessoas sem carro próprio. Ao mesmo tempo, centenas de polícias começaram, logo pela manhã, a comandar milhares de evacuações forçadas.
Antes da chegada aos EUA, o Matthew destruiu milhares de casas e inundou dezenas de localidades no Haiti, Bahamas e Cuba. O martirizado Haiti foi dos que mais danos materiais e humanos sofreu com a passagem do furacão. Ao final desta sexta-feira, a agência Reuters falava já em 842 mortos. Número que poderá ainda aproximar-se ou mesmo ultrapassar o milhar. Parte das vítimas morreu soterrada nas habitações precárias destruídas pelo vento (rajadas superiores a 230 quilómetros por hora) ou arrastadas pelas enxurradas que causaram inundações na ilha, devido a um autêntico dilúvio que se abateu sobre as Caraíbas.