O prejuízo de 58 milhões de euros é o inverso face ao lucro de 19,352 milhões do exercício anterior, devido agora à diminuição das mais-valias com a venda de jogadores.
Foi o que disse em conferência de imprensa no Porto o administrador da SAD (Sociedade Anónima Desportiva) portista Fernando Gomes. Este admitiu que “não são bons resultados”, mas assegurou que traduzem “uma política assumidamente definida pela administração”.
“Estes maus resultados não acontecem por acaso, mas porque a equipa técnica do futebol e a administração se puseram de acordo que este ano seria assim”, afirmou.
“Se tivéssemos vendido esses atletas, hoje estaríamos aqui a apresentar resultado positivos”, sustentou Fernando Gomes.
Além da diminuição das mais-valias com a venda de jogadores, também os piores resultados desportivos penalizaram as contas da SAD portista na época 2015/2016, com os proveitos operacionais, excluindo os proveitos com passes, a recuarem 17,778 milhões, para 75,811 milhões de euros, “fundamentalmente devido à quebra das receitas de participação nas provas europeias” (que passaram de 36,17 para 11,603 milhões de euros).
Já os custos operacionais, excluindo os custos com passes de jogadores, aumentaram 13% (em 14,091 milhões de euros), devido ao aumento dos custos com os fornecimentos e serviços externos (sobretudo por via da consolidação nas contas dos custos com o Porto Canal), “mas também pelo pagamento de indemnizações às equipas técnicas lideradas por Julen Lopetegui e José Peseiro".