O regresso de José Mourinho a Stamford Bridge, onde foi tão feliz no passado ao comando do Chelsea, não podia ter corrido pior para o treinador português, agora ao comando do Manchester United. Os Blues venceram por 4-0, naquela que foi a mais pesada derrota de sempre de Mourinho na Premier League.
O pesadelo do Special One começou mal o árbitro apitou para o início da partida. Decorridos apenas 33 segundos, um passe longo de Marcos Alonso isolou Pedro: o espanhol contornou o compatriota De Gea e abriu o marcador, fazendo o golo mais rápido desta edição da prova. Aos 21 minutos, o 2-0: após um canto, Cahill foi mais expedito que os defensores do United e bateu novamente De Gea.
Ao intervalo, Mourinho pôs Mata em campo e as forças equilibraram… até uma maravilhosa jogada coletiva do Chelsea que resultou no 3-0, aos 62': Hazard conduziu, temporizou, colocou em Kanté, este em Matic e o antigo jogador do Benfica devolveu a Hazard com um passe que rasgou por completo a defesa do United. Frio, o belga não perdoou.
Faltava o golpe final, que foi dado por um dos mais improváveis jogadores em campo: Kanté. O médio francês ex-Leicester, conhecido sobretudo pela enorme qualidade defensiva, aventurou-se pelo meio-campo contrário, combinou com Matic e Pedro e, depois de bater Smalling (jogo miserável do central inglês), desfeiteou o desamparado De Gea.
De positivo no United, apenas um remate à meia volta de Ibrahimovic e outro de longe de Rojo, ambos superiormente defendidos por Courtois. De resto, um deserto de ideias, nenhuma inspiração, nem sombra de vontade: a imagem de Mourinho ao longo de todo o jogo, de mãos nos bolsos e olhos a contemplar o vazio, ilustra bem o que foi a exibição da sua equipa. E assim, o United permanece no sétimo lugar, a seis pontos da liderança.