Paulo Ribeiro substitui Luísa Taveira na direção da CNB

O coreógrafo e diretor do Ballet Gulbenkian entre 2003 e 2005, ano da sua extinção, assume a direção criativa da Companhia Nacional de Bailado. Luísa Taveira regressa ao CCB para substituir Miguel Leal Coelho

Segundo nota do Ministério da Cultura, a direção artística da Companhia Nacional de Bailado (CNB) passa agora a estar a cargo do bailarino e coreógrafo Paulo Ribeiro. Na mesma nota é dado a conhecer que Luísa Taveira, diretora da CNB desde 2010, passa a integrar o Conselho de Administração da Fundação CCB, presidido por Elísio Summavielle, como vogal. A programadora e gestora cultural substitui assim Miguel Leal Coelho, após o término do seu mandato, e a quem o ministro Luís Filipe Castro Mendes agradece pelo “serviço público prestado”.

Natural de Lisboa, foi em Bruxelas que Paulo Ribeiro deu os primeiros passos na dança. Regressou a Portugal no início dos anos 80 para integrar o corpo de baile do Ballet Gulbenkian e, em 1995, fundou, com casa no Teatro Viriato, em Viseu, a sua própria companhia de dança – o vigésimo aniversário continua a ser assinalado este ano com a itinerância da peça “A FESTA (da insignificância)”. Membro da geração Nova Dança Portuguesa, é um dos nomes mais emblemáticos da dança contemporânea portuguesa tendo sido diretor do Ballet Gulbenkian de 2003 até 2005, ano da sua extinção.

Natural do Porto, Luísa Taveira começou a estudar dança com apenas nove anos. Em 1974, fundou o Grupo Experimental de Bailado no Porto e, um ano mais tarde, muda-se para Londres onde, como bolseira da Gulbenkian, estuda na Upper School do Royal Ballet. De regresso a Portugal, integra a CNB como primeira bailarina. Com o fim da carreira, dedicou-se à programação cultural, tendo sido adjunta de Jorge Salavisa na direção da CNB (entre 1996 e 2000). Em 2001, começa a colaborar com o CCB como  assessora da administração para a área da dança e quatro anos mais tarde foi responsável pela programação de Faro Capital da Cultura. Em 2010 assumiu a direção da CNB.

Recentemente, e no âmbito da CNB, o percurso dos dois profissionais cruzou-se, com Paulo Ribeiro a criar para a companhia, a convite de Luísa Taveira, a peça “Lídia”, levada a cena em 2015.