Rodrigo leão & Ccott Matthew
Foi em 2011, a propósito do tema “Terrible Dawn”, do álbum do português “A Montanha Mágica”, que colaboraram pela primeira vez, mas antes, muito antes, ainda Scott Matthew era um jovem australiano a viver no meio do nada, quando “O Pastor”, tema maior dos Madredeus de Rodrigo Leão, já entrava pela sua vida. Foram precisos mais uns anos até que se aventurassem em “Life is Long”, um álbum comum, com composições de Leão e letras e voz de Matthew, e a melancolia de ambos.
4 nov., Coliseu (Porto); 5 nov., Arena (Évora); 6 nov., Coliseu dos Recreios (Lisboa); 9 nov., Convento São Francisco (Coimbra) e 13 nov., Cine-Teatro Louletano (Loulé)
Carmen Souza & Theo Pascal Trio
Ela canta, ele toca baixo e contrabaixo. Toda ela é crioulo e Cabo Verde, todo ele é jazz orgânico. Cruzaram-se em Lisboa, onde ambos viviam, há quase dez anos mudaram-se para Londres e, juntos, são hoje em dia uma das mais transversais das viagens pela lusofonia. E regressam agora a Portugal para a reta final da tournée do álbum “Epístola”, o seu sétimo. E fazem-no com a promessa de um alinhamento especial, que incluirá já alguns temas do próximo álbum, com lançamento previsto para o início do ano de 2017.
4 nov., Auditório de Espinho (Espinho); 6 nov., CCB (Lisboa)
e 12 nov., Casa da Música (Porto)
Wim Mertens
Compositor, vocalista, pianista, guitarrista e musicólogo. Poucos serão os cartões de visita mais completos que o do belga Wim Mertens. Estudou Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Leuven, Musicologia na Universidade de Gent e Teoria Musical e Piano nos Conservatórios de Ghent e Bruxelas. Considerado uma das maiores referências na área da modern classical music, Wim Mertens traz a Portugal, em três concertos, “Dust of Truths”, a derradeira parte da trilogia Cran aux Oeufs, que aborda, nesta terceira parte, a Batalha de Actium, na Grécia antiga, numa clara metáfora dos tempos que correm.
5 nov., Teatro Virgínia (Torres Novas); 6 nov., Casa da Música (Porto) e 7 nov., CCB (Lisboa)
Andrew Bird
Dificilmente A Night With Andrew Bird será apenas e só um concerto. Com o músico sozinho em palco, acompanhado apenas pela sua voz e os seus instrumentos – que incluem o violino, a guitarra, o bandolim e o glockenspiel –, será mais uma oportunidade para entrar no universo folk-íntimo-esotérico do músico que lançou, este ano, “Are You Serious?”. Este álbum, de resto, confirma a sua ligação a Lisboa: um dos temas, “Puma”, foi parcialmente gravado no Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, cidade a que diz regressar sempre que pode.
8 nov., Casa da Música (Porto) e 9 nov., CCB (Lisboa)
José James
Serão, muito provavelmente, dos mais concorridos concertos deste Misty Fest. Ou não fosse José James uma das vozes mais surpreendentes da atualidade, a morar ali entre o jazz e o hip hop – que, de resto, nunca escondeu ter sido a sua porta de entrada para o jazz, e é o género ao qual presta homenagem no próximo álbum. É justamente este novo trabalho, “Love in a Time of Madness”, o quarto a ser editado pela Blue Note, que trará a Portugal, ainda antes deste ver a luz do dia. “Assim só irei incluir no álbum os temas que deram provas de inspirarem as pessoas”, disse.
9 nov., Casa da Música (Porto); 10 nov., Teatro José Lúcio da Silva (Leiria); 11 nov., CCB (Lisboa) e 12 nov., Theatro Circo (Braga)
Dom la nena
Deu-se a conhecer a Portugal no ano passado, timidamente, sob a alçada do Misty Fest. Este ano regressa com a segurança que os regressos promovem. A violoncelista, cantora e compositora brasileira de 27 anos traz a Portugal “Cantando”, um novo EP composto por covers de temas de bandas e cantores – como Beirut, Jacques Brel, Lupicínio Rodrigues e Violeta Parra – que têm marcado a sua vida. Dom La Nena, nome artístico de Dominique Pinto, e a sua desarmante simplicidade marcam duas estreias deste Misty Fest: os Açores e Évora.
9 nov., Teatro Garcia Resende (Évora); 10 nov., Casa da Música (Porto) e 12 nov., Teatro Micaelense (Ponta Delgada)
Piers Faccini
Cabe ao inglês – que já colaborou com músicos tão distintos como Ballake Sissoko, Vincent Segal, Ben Harper, Rokia Traoré, Patrick Watson e Ibrahim Maalouf – a honra de abrir esta edição do Misty Fest, naquele que representa um regresso para Piers Faccini, que esteve presente na primeira edição deste festival, em 2010. Agora, o músico, considerado um mestre da world music e um “apaixonado pela ambiguidade cultural das fronteiras”, traz a Portugal, para um concerto único, o seu décimo álbum, “I Dreamed an Island”, que procura celebrar a diversidade cultural em tempos de crescente intolerância.
1 nov., Cinema São Jorge (Lisboa)
Peter Broderick
O ex-membro dos dinamarqueses Efterklang chega a Portugal poucos meses depois de ter lançado o álbum “Partners” e a igual distância de apresentar o próximo trabalho, “Grunewald Church”. Se deste último ainda pouco se conhece – além do facto das suas cinco faixas terem sido gravadas numa noite, na referida igreja, em Berlim; ao primeiro não se esgotam os elogios. Editado através da Erased Tapes, “Partners” presta homenagem ao compositor John Cage e a “In a Landscape”, e resulta numa viagem imprevisível para piano e voz, apresentada agora em Portugal.
2 nov., Teatro Aveirense (Aveiro);
3 nov., Casa da Música (Porto) e
4 nov., CCB (Lisboa)