Vencer e vencer, verbalizou José Peseiro antes do jogo de ontem. Sábias palavras, mas sofrer um golo aos 30 minutos não foi conveniente. Ainda por cima quando se jogava contra o adversário mais débil do grupo. Estranho Braga este. Por casa, vai fazendo os trabalhos sem dificuldades exageradas – é terceiro classificado à frente do Sporting-que-tanto-promete-e-custa-a-cumprir. Na Liga Europa faz papel de cordeiro que dá ao sacrifício com demasiada facilidade: veja-se o que aconteceu na Turquia, por exemplo.
Não nos moveu a ideia de escrever aqui neste cantinho da sua página uma crónica do jogo de ontem, na Pedreira. Mais uma visão alargada do que tem sido este Braga de Peseiro que inspirou, desde cedo, muita curiosidade, não se tratasse da equipa que venceu a última Taça de Portugal. Com uma saída complicada no próximo domingo, ao Funchal, para defrontar o Marítimo – o Sporting parece ter um jogo fácil em casa, contra o Arouca, mas o Tondela também era fácil – veremos se os arsenalistas conseguem manter-se ligados aos lugares da frente por mais umas semanas, sim, porque agora vem daí mais um compromisso da seleção.
Ontem aconteceu de tudo um pouco. Primeiro com um a menos, depois taco a taco nas contas dos duplos amarelos, o vencer/vencer de Peseiro concretizou-se. Com mérito. Afinal foram os minhotos a tomar conta dos acontecimentos e a fazerem mais pela vida. O caminho europeu continua atapetado a tijolos amarelos como a estrada da Dorothy Dale com Totó ao colo em direção ao reino do Feiticeiro de Oz.
Quanto ao terceiro posto deste tão curioso campeonato, vamos ver. Facto: encontrar o Braga à frente do tão prometedor Sporting só pode ser motivo de orgulho para José.