Os melhores tube riders juntaram-se na Nazaré

Em comum têm a paixão pelo pelo surf. Estão sempre a planear a próxima viagem à procura da melhor onda. Muitos já sabem o próximo destino: Havai, lugar que vai receber a última etapa do circuito mundial no próximo mês de dezembro. 

Antes de seguirem viagem encontraram-se na Nazaré para mais uma edição do Capítulo Perfeito. O i foi ‘apanhá-los’ todos na Praia do Norte e entrar na onda com Tiago Pires, Nic Von Rupp, Bruno Santos, João Guedes, Aritz Aranburu, Balaram Stack e Bruno Grilo.

A 5.ª edição do Allianz Capítulo Perfeito Powered by Quiksilver ficou marcada pelas substituições de última hora, mas acima de tudo pela surpresa dos substitutos que levaram os milhares de espetadores na praia ‘das ondas grandes’ à loucura. Deixemos as ondas grandes para Garrett Mcnamara que nesta competição o que interessa é ser surfista especialista em tubos. 

Antes de entrarmos nos tubos falamos com Rui Costa, a cara principal do evento que conheceu a primeira edição em 2012.  

O Capítulo Perfeito surgiu em 2012. Como idealizaste o evento e com que objetivos?
Estava em casa e surgiu do nada. Sempre acompanhei os campeonatos e competi muito cedo, mesmo em miúdo. Um dos meus grandes amigos, o Pedro Monteiro, competiu muitos anos e foi atleta profissional, por isso sempre tive uma voz ativa e acompanhei as competições. Houve sempre um “bichinho”. Na altura, a Twice já trabalhava na produção de eventos e eu sempre pensei que, se algum dia viesse a fazer alguma coisa no surf, seria algo diferente. É no seguimento disso que um dia surge a ideia, talvez inspirado em coisas que fui vendo e nos campeonatos que fui observando. Mas, basicamente, é de querer fazer algo diferente que o conceito do Capítulo surge, daí termos pensado, desde o primeiro instante, em criar um evento que proporcionasse não só as melhores condições aos surfistas, mas também o melhor espetáculo aos espetadores, conferindo-lhes o poder de decisão: é o público quem escolhe os surfistas que quer ver competir. O meu foco sempre foi ter um evento ‘fora da caixa’.

Este ano, a lista final de competidores ficou composta por oito atletas nacionais e oito internacionais. Quais são as regras para um surfista entrar nesta competição?
A maior regra de todas é ser um surfista especialista em tubos, alguém que durante todo o ano procura o tipo de condições tubulares que nós procuramos para darmos o call. Depois, é constar na short list que a organização elabora com a ajuda de especialistas e, por fim, ser um dos mais votados pelo público.

A escolha da praia – que este ano foi a praia do Norte, na Nazaré – é um dos pontos mais estratégicos do evento?
O conceito do evento que passa por procurar um dia de ondas tubulares, estreita muito a opção de praias. A praia do Norte é uma praia muito internacional, talvez a mais internacional de Portugal, mas a mudança acaba por ser uma feliz coincidência já que a praia do Norte é, neste momento, a grande montra de Portugal.