Hugo Espírito Santo (HES) fez o pleno em 2016 e venceu as quatro provas do Circuito de Pitch & Putt (P&P) da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), terminando, naturalmente, como nº1 do Ranking Nacional de P&P pelo sétimo ano consecutivo.
Depois de Rilhadas, Paredes e Braga, HES triunfou também no Clube de Golfe de Cantanhede. Uma época fabulosa em que só lhe escapou de novo o Campeonato Nacional Absoluto de P&P, arrebatado pelo surpreendente Diogo Gambini, de apenas 15 anos.
No campo municipal de Cantanhede, HES impôs-se com uma vantagem confortável de 4 pancadas sobre Luís Pereira, ao somar 108 pancadas, a Par do campo, após voltas de 56 e 52, sendo a sua segunda o melhor resultado do torneio, entre 26 participantes.
Luís Pereira, a jogar em casa, agregou voltas de 54 e 58, enquanto o 3º lugar foi para António Tendeiro, da Quinta das Lágrimas, com 56 e 57, a 5 pancadas do campeão.
Nenhum jogador conseguiu bater o Par do campo e HES explicou que trata-se de «um campo difícil devido aos seus greens sintéticos».
No Ranking Nacional de P&P, totalizou 910 pontos, deixando Diogo Gambini no 2º lugar com distantes 520 pontos. Arnaldo Paredes foi 3º com 340.
HES representa Rilhadas e prepara-se agora para jogar “em casa”, no “seu” campo, o Open de Portugal de P&P, a 26 e 27 de novembro, e avisa que «é para ganhar!». Tem todas as razões para sentir-se confiante, pois voltou a protagonizar um ano de ouro.
Para além de dominar o Circuito de P&P da FPG, o ainda pentacampeão ibérico foi 2º no Open de Itália, 6º no Open de Espanha, integrou a seleção portuguesa que derrotou a sua congénere espanhola apenas pela segunda vez, terminou o Circuito de P&P da Galiza no 4º lugar do ranking com oito torneios disputados, é o nº1 do Ranking de P&P da Associação de Golfe do Norte de Portugal e, sobretudo, sagrou-se vice-campeão mundial por equipas, em St. Andrews, na Escócia, inserido na seleção nacional que também contou com João Maria Pontes.
Aos 36 anos, o treinador de golfe e professor tem ainda muito para dar à modalidade, acredita que poderá melhorar e tem fé na nova Direção da FPG.
Depois de ter recebido de Miguel Franco de Sousa (recentemente empossado presidente da FPG) e de Luís Brandão (presidente do Clube de Golfe de Cantanhede) os troféus de vencedor do 4º Torneio do Circuito de P&P e de nº1 de 2016 do Ranking Nacional de P&P, HES conversou com o Gabinete de Imprensa da FPG. Eis as suas principais declarações:
«Este foi o meu heptacampeonato no Ranking da FPG em P&P. Estou super feliz e orgulhoso.
«Tenho vindo a trabalhar todos os dias para bater os meus próprios recordes. Não é fácil mas a minha paixão e amor pelo golfe falam mais alto.
«Obrigado a Rilhadas por me dar todas as condições para treinar, também aos meus antigos clubes de Cantanhede e da Quinta das Lágrimas que estarão sempre no meu coração.
«Um muito obrigado a todas as pessoas que me apoiam. É um orgulho levar Portugal aos mais altos palcos do P&P.
«Não tem sido fácil devido aos poucos apoios que tenho, mas com esta nova Direção da FPG, encabeçada pelo Miguel Franco de Sousa, penso que o P&P em Portugal irá expandir-se muito mais, com apoios, e uma organização mais bem estruturada, com critérios.
Não sei até onde poderei ir. Como vice-campeão do Mundo da modalidade, penso que só me falta mesmo é o título de campeão do Mundo de P&P. Nunca se sabe. Um dia, com melhores apoios, talvez lá consiga chegar. É duro trabalhar sozinho».
A melhor resposta aos anseios de HES talvez tenha sido dada pelo novo presidente da FPG no discurso que proferiu na tomada de posse.
A dada altura, Miguel Franco de Sousa enumerou algumas medidas que deseja para os seus primeiros cem dias de mandato, entre as quais se destacou: «Rever a regulamentação de todas as competições, com especial incidência no P&P, para atrairmos e retermos mais jogadores».