Admito que não foi fácil o acesso ao jogo “Skylanders Imagonators” para escrever esta review. Pelo menos não antes do meu filho de dez anos meter as mãos em mais um jogo Skylanders. Isto é o que sucede a quem tem vibrado com cada nova edição.
Posto isto, o que importa sublinhar é que a Activision provou uma vez mais a sua capacidade para se reinventar e criar uma justificação para vender novas miniaturas dos já tão famosos bonecos que ganham vida assim mal aterram no portal do jogo. Depois das personagens que se complementam em “Swap Force” ou os veículos em “SuperChargers”, chega a vez da mais pura criação.
É claro que nem valerá a pena explicar que se trata de mais um jogo cujo apelo reside precisamente nestes avatares. Isto a menos que o leitor tenha vivido debaixo de uma rocha nos últimos anos.
Quem sabe bem ao que vai é o seu público alvo que por certo já devorou os inúmeros vídeos colocados nos infinitos canais de youtube e que, naturalmente, esfrega as mãozinhas de contentamento até vingar a possibilidade de criar a sua própria figura a partir dos cristais que ajuda a engrossar as receitas deste jogo que funde de uma forma irresistível o universo dos brinquedos com a componente videojogo.
Ainda bem que vem aí o Natal, o que permitirá à pirralhada entreter-se durante horas a fio em mais uma deslumbrante aventura. Haja dinheirinho para satisfazer mais este viciozinho digital.
A verdade é que já lá vão alguns parágrafos sem mencionar os Senseis, o nome que recebem as dezenas de novas figuras que chegam a Skyland para ajudar os locais a suster a nova ira de Kaos. Eles o tal vilão que insiste em usar o seu poder para os piores intensos.
Desta vez, servindo-se da Magia mental que domina um exército de Doomlanders preparado para arrasar Skyland. É aqui que Eon entra em cena uma vez mais convocando os skylanders e os guerreiros místicos Senseis, bem como as já referidas transformações criadas pelos jogadores.
Uma novidade que se obtém ao colocar o tal cristal dos vários elementos (Água, Fogo, Vida, Terra, etc) no portal permitindo o jogador aceder a um vastíssimo menu que permite configurar uma das dez classes disponíveis – ninja, pistoleiro, arqueiro, a escolha é sua; bem como a aparência, vestuário, armas, etc.
No entanto, estas qualidades podem ser alteradas e melhoradas sempre que se desejar e se tiverem as peças necessárias que vamos encontrando ou desbloqueando à medida que se superam níveis e desafios. Só é pena é que essa novidade de costumização com novos elementos seja apenas válida nos novos bonecos e não permita combinações com as personagens dos outros jogos.
Como já vem sendo hábito, o modo história é apenas uma das vertentes para desfrutar o jogo. No entanto, depois de superar as cerca de dez horas iniciais abrem-se todas as possibilidades de explorar as missões nos Reinos Senseis, os inúmeros minijogos, bem como os segredos e as missões exclusivas de Crash Bandocoot, a personagem convidada que atravessa outro jogo para abrilhantar as versões da PS3 e PS4. Ainda assim, saúda-se que os designers da Activision se tenham aplicado a criar universos de pura sedução visual, sem cair num algo repetitivo ou reciclado jogo de aventura e plataformas.