ONU aperta sanções contra a Coreia do Norte

O regime de Ban Ki-moon está agora limitado na sua exportação de carvão. 

ONU aperta sanções contra a Coreia do Norte

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou ontem um novo pacote de sanções contra a Coreia doNorte, como resposta ao seu quinto e maior ensaio nuclear, executado no início de setembro.

A principal novidade é um novo limite à exportação de carvão, que pode cair mais de 60% e é uma das artérias da frágil economia norte-coreana.

As novas sanções, de acordo com informações recolhidas pelo diário britânico “Guardian”, proibem também a exportação norte-coreana de metais não ferrosos e castigam com sanções 11 responsáveis governamentais e dez empresas ligadas ao programa nuclear, que avançou nos últimos anos apesar das sanções internacionais, reforçadas sempre que é realizado um novo teste.

Há também limites no acesso ao sistema bancário internacional e à exportação de estátuas, que a Coreia do Norte vende sobretudo para África. 

“É uma forte ação contra um dos mais prolongados e urgentes desafios de segurança do nosso tempo”, disse ontem o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Ao longo do seu mandato, que começou em 2007, o líder sul-coreano da ONUassistiu a quatro testes nucleares da Coreia do Norte, que desenvolveu também nova tecnologia balística, mas ainda não chegou a um ponto que lhe permite disparar bombas atómicas.

A China, membro permanente do Conselho de Segurança e pilar do regime de Pyongyang, impediu que fossem aprovadas medidas mais draconianas contra o governo liderado com mão de ferro por Kim Jong-un.

O novo pacote de sanções, porém, esclarece que as únicas exceções a aplicar-se a exportações chinesas para a Coreia do Norte devem dizer respeito a materiais que assegurem a sobrevivência da população norte-coreana.