O primeiro-ministro italiano Matteo Renzi cumpriu o que disse antes da campanha eleitoral e demitiu-se. O líder do governo reconheceu a derrota: os eleitores italianos derrotaram a sua reforma constitucional por 56-60% dos votos, segundo a sondagem à boca das urnas da RAI.
Renzi afirmou que deixou o país melhor que o encontrou: do ponto de vista do crescimento, do desemprego e com um conjunto de leis para poder lidar melhor com a crise económica.
A participação no referendo foi superior aos 68% dos 51 milhões de eleitores inscritos, e embora os resultados definitivos só sejam conhecidos daqui a algumas horas, os primeiros números de votos escrutinados confirmam as sondagens à boca das urnas.
Se a derrota de Renzi e dos partidários do "sim" é clara, quem ganha mais com a vitória do "não" ainda está por definir. A coligação negativa que se formou contra as propostas de Renzi inclui muitos sectores que vão desde os extremistas da Liga Norte, Movimento Cinco Estrelas, os partidários de Berlusconi, até antigos companheiros de partido de Renzi, a líderes de centrais sindicais. Para já, a Força Itália e a Liga Norte já pediram a realização de eleições antecipadas. Caso estas duas forças, somadas ao Movimento Cinco Estrelas de Beppe Grillo tenham a maioria, em próximos sufrágios, pode estar em causa a manutenção da Itália na zona euro e na União Europeia.
