O comissário de bordo que sobreviveu na Colômbia, deu uma entrevista ao programa “Fantástico” da TV Globo e falou sobre tudo o que se passou antes do avião cair.
“Foi como um pesadelo, nem eu mesmo acreditava”. Foi assim que o tripulante descreveu o acidente e a forma como tudo aconteceu no momento em que o avião estava a cair.
Tumiri conseguiu ainda salvar a sua colega de profissão, Ximena Suarez, e retirá-la dos escombros. No entanto, com medo que o avião explodisse, afastou-se. O comissário afirmou que tentou ajudar outra pessoa, mas que o seu corpo já não respondeu.
“Avisaram que íamos aterrar, uma aterragem normal”, relembrou o comissário de bordo, referindo ainda que ninguém sabia que estavam perante uma situação de risco.
Erwin referiu que nunca fez declarações acerca da aterragem com os procedimentos de segurança, pois tal não aconteceu e não houve qualquer aviso prévio de que seria necessário utilizar os métodos de segurança.
Ao recordar o momento, Erwin afirmou que “estava a falar com o treinador Caio Júnior, que estava a ensinar-me a falar português, quando o comandante disse para apertarmos os cintos. Houve turbulência, mas pensávamos que estava tudo normal, depois apagaram-se as luzes e caímos”.
O sobrevivente referiu que não tinha qualquer informação de que a viagem iria até Medellin, sendo que o previsto seria o voo parar em Cobija. “No momento da descolagem voltei a perguntar se íamos até Cobija, responderam-me que íamos diretos para Medellin”.
Tumiri avançou ainda que a companhia aérea LaMia é que tinha os dados sobre o peso e o combustível correspondente ao avião, explicando que apenas se faz o abastecimento que é pedido. Naquele caso o depósito foi cheio, mas não chegava para haver uma taxa de segurança até Medellin. “Supus que eles soubessem o que faziam”, explicou.
No final da entrevista Erwin Tumiri afirmou que quer visitar Chapecó quando estiver totalmente recuperado, pois sente que deve algo àquelas pessoas.