Cada vez que compra um cartão ou um produto da marca Unicef em Portugal, apenas 20% do valor vai para causas humanitárias.
Isto porque, segundo o Jornal de Notícias noticia hoje, a Organização das Nações Unidas decidiu entregar a comercialização destes cartões e produtos – que se vendem sobretudo nesta quadra do ano – à gráfica Forletter, uma socidade espanhola, que cobra ‘royaltys’ correspondentes a cerca de 80% do valor de venda ao público.
O acordo entre a ONU e a empresa espanhola, refere o jornal, foi celebrado em março de 2015 e define que os bens são vendidos nas lojas dos CTT, FNAC, no site ‘www.produtosunicef.pt’ ou através de telemarketing. Porém, não é dado ao consumidor final a informação de que apenas uma pequena percentagem se destina a causas humanitárias.
Confrontada com esta situação, a diretor-executiva do comité português da Unicef, Madalena Marçal Grilo, disse não ver nesta prática qualquer irregularidade: “Não creio que estejamos a ludibriar ninguém”.
A empresa, contactada pelo mesmo jornal, também disse não ver qualquer necessidade de informar os consumidores de que apenas uma pequena parte da venda se destina à ajuda humanitária.