Quem quiser perceber como se joga em três campos diferentes ao mesmo tempo, é perguntar ao Benfica, que eles explicam. Na noite de ontem, as águias estiveram meia-hora a jogar com o Nápoles na Luz, 15 minutos a ver o que acontecia em Kiev e depois, já relaxados, passaram uma segunda parte inteira a pensar no dérbi de domingo.
Nada contra: afinal de contas, o Dínamo fez o trabalho difícil, e com o apuramento na mão, é legítimo começar desde logo a preparar o jogo mais importante da temporada a nível interno até agora. Mas, perante um estádio repleto, depois da primeira derrota no campeonato e com a possibilidade de lutar pelo primeiro lugar no grupo – e pelos milhões que cada vitória ou empate dão –, esperava-se mais: mais atitude, mais concentração, mais assertividade. Não deu.
Para a história ficam os resultados: o 1-2 da Luz e o retumbante 6-0 do Dínamo ao Besiktas. E uma marca que ninguém poderá tirar a Rui Vitória: é ele o primeiro treinador de sempre a qualificar o Benfica para os oitavos de final da Liga dos Campeões em dois anos consecutivos.