O Kashima Antlers é o primeiro finalista do Mundial de clubes – e também a primeira equipa japonesa a consegui-lo na história. Os anfitriões da prova bateram o Atlético Nacional por 3-0, contra as preces de milhões de adeptos por todo o mundo, que passaram a torcer pela equipa colombiana depois do extraordinário gesto para com a Chapecoense – recorde-se que seria o Atlético Nacional a discutir a final da Taça Sul-Americana com o clube brasileiro, antes da tragédia ao largo de Medellín. Os colombianos acabaram por pedir à CONMEBOL para atribuir o título aos brasileiros, o que foi visto como um ato de heroísmo.
Na manhã desta quarta-feira, porém, os japoneses foram bastante superiores, inaugurando o marcador aos 33 minutos, num lance também ele histórico: um penálti assinalado com recurso à ajuda do vídeo-árbitro. A decisão gerou polémica, pois só foi tomada quase um minuto depois do lance em questão, e já com a bola do outro lado do campo. Avisado pelos colegas de equipa, o árbitro húngaro Viktor Kassai interrompeu o jogo, foi ver o lance numa televisão ao lado do relvado e aí então assinalou a grande penalidade, convertida por Shoma Doi.
Na segunda parte, mais dois golos do Kashima: Yasushi Endo (83'), numa bela finalização de calcanhar, e Yumi Suzuki (85'), a passe de Mu Kanazaki, que representou o Portimonense de 2013 a 2016. O Kashima fica agora à espera de Real Madrid ou América, do México, que se defrontam esta quinta-feira na outra meia-final.
Na manhã desta quarta-feira realizou-se ainda o jogo de atribuição dos quinto e sexto lugares, ganho pelos coreanos do Jeonbuk Motors: 4-1 ao Mamelodi Sundowns, da África do Sul. Destaque para o terceiro golo dos asiáticos: foi, na verdade, um auto-golo de Ricardo Nascimento, central brasileiro que em Portugal representou Penafiel, Portimonense, Moreirense e Académica.