A Checoslováquia comunista espiou Donald Trump

O próximo presidente americano estaria sob pressão para se candidatar à Casa Branca já na década de 90, de acordo com os agentes comunistas que o espiaram quando estava casado com Ivana. 

A Checoslováquia comunista espiou Donald Trump

Os serviços de informação do regime comunista checoslovaco espiaram Donald Trump e a sua então mulher Ivana nas décadas de 70 e 80, documentando que o futuro presidente americano planeava candidatar-se à presidência já na década de 90 e que já por aqueles anos não pagava impostos por ter alegadamente uma boa relação com a Casa Branca.

Os documentos da Státní bezpečnost – ou StB – foram recentemente adquiridos pela televisão estatal checa e pelo tabloide alemão Bild, que revelaram esta quinta-feira que o futuro presidente americano era observado por agentes sempre que a sua mulher Ivana, que é de origem checa, viajava para o país para se encontrar com o pai, Miloš Zelníček.

De acordo com um dos espiões do StB, os negócios do imobiliário de Donald Trump estavam “absolutamente assegurados”, não apenas porque ele teria alegadamente uma boa relação com o então presidente americano Jimmy Carter, mas também porque estaria – ainda segundo esse agente – “completamente isento de impostos para os próximos 30 anos”.

Os relatos não podem ser confirmados, mas, durante a campanha americana deste ano, os “New York Times” revelou que Donald Trump manobrou as leis sobre prejuízos a meados da década de 90 de maneira a não ter que pagar impostos por 18 anos. O próprio Donald Trump admitiu-o num dos seus debates com a democrata Hillary Clinton.

Nos finais da década de 80, um outro agente do StB comunicou que Donald Trump estava a ser consultado para se candidatar à presidência, razão pela qual as viagens da sua mulher Ivana à Checoslováquia eram rigorosamente controladas. “Qualquer passo em falso dela pode ter consequências incalculáveis para o seu marido, que se quer candidatar em 1996”, escrevia em 1988 o agente “Milos”, citado esta quinta-feira pelo “Guardian”.