Na frente do campeonato:O elevador do dragão e o sorriso amarelo da águia…

O FCPorto defronta hoje o Chaves mas já antecipou o seu encontro da próxima jornada – Marítimo (2-1)

Foi difícil, bem mais difícil do que seria de esperar, a vitória do Benfica na Amoreira, frente ao Estoril (1-0). Ao contrário do que sucedera frente ao Sporting, na jornada anterior, a eficiência do ataque do conjunto de Rui Vitória deixou muito a desejar no dia em que os encarnados viram regressar aos relvados o seu melhor jogador da última época:Jonas. E, curiosamente, também ele teve duas boas oportunidades de golo, coisa que costuma ser-lhe habitual, pelos visto até depois de três meses de paragem.

No início do encontro, tudo parecia deixar crer que oBenfica iria ganhar calmamente. Cervi, Raul, Luisão eRafa foram protagonistas de claros lances de golo mas desperdiçaram a possibilidade de irem para o intervalo em vantagem. Foi já na segunda parte que ela surgiu, por Raul, de penálti, e aí o campeão não a deixou fugir: embora com embaraços finais provocados por um adversário que não aceitou passivamente a derrota.

Agora, recebendo o Rio Ave na quarta-feira, nada impedirá o Benfica de passar o Natal no primeiro lugar, até porque o FCPorto, neste momento a quatro pontos – estava no sábado a dois – joga hoje frente ao Chaves mas já despachou a próxima jornada, recebendo e vencendo o Marítimo (2-1) num elevador de antecipações que baralhou contabilidades.
A derrota na Madeira poderia ter feito abanar a confiança da águia mas o dérbi voltou a virar os acontecimentos a seu favor. Sobretudo numa altura da época na qual os azuis-e-brancos parecem estar a atravessar um momento de muita confiança, aproveitando jogos de menor dificuldade para se estabelecerem no segundo posto com alicerces numa defesa notável que, até aqui, apenas sofreu seis golos.

A próxima jornada divide-se entre quarta, quinta e sexta-feira e fará os leões deslocarem-se a Belém num novo dérbi com apenas dez dias de intervalo. Não é de prever que muita coisa se altere no decorrer desta semana de festas e, em seguida, para que o Ano Novo não seja imune a maus hábitos (os de interromper campeonatos), entra a fase de grupos da Taça da Liga que se arrastará pelo mês de Janeiro. Tempo para que cada treinador – sobretudo os que comandam os grandes – faça rodar jogadores perante a conveniência do calendário. É que, como sempre, a Taça da Liga será muito pouco levada a sério pelos suspeitos do costume. E, assim sendo, as surpresas espreitam a cada esquina. Com os mais pequenos a poderem sonhar com migalhas…