Três testemunhos e imagens de câmaras de segurança desmentem a tese da justiça espanhola que dois guardas civis teriam sido agredidos num bar na localidade de Alsasua, zona basca de Navarra, no dia 15 de outubro, crime pelo qual estão detidas sete pessoas acusadas de “terrorismo”.
As três testemunhas, o dono do bar Kokxa e duas empregadas, desmentem que tenha havido qualquer incidente e agressões no bar. Afirmam só terem visto o agredido quando saíram à rua e encontraram ferido um tenente da guarda civil. Os empregados do bar dizem que o guarda civil e a sua acompanhante eram clientes habituais e que o homem era sempre “educado e respeitoso”.
As testemunhas afirmam que o ambiente no bar Kokxa era pacífico. Foi só às cinco da manhã que uma das empregadas saiu com o dono do bar e viram o homem deitado no solo. Nessa altura, “o ambiente era hostil com os polícias forais”, que ocorreram ao local. “Havia cerca de dez pessoas em frente deles”, afirmou a empregada.
A Guarda Civil emitiu uma declaração que garantia que as agressões tinham começado no bar e que nelas tinham participado mais de 20 pessoas. Sete pessoas estão detidas e acusadas dos crimes de “terrorismo, atentado, ódio e lesões”. Um deles é um conhecido ativista da organização basca Ospa Mugimendua que dinamiza uma campanha pela saída das forças policiais espanholas dos territórios bascos de Navarra e da Comunidade Autónoma Basca. Os sete detidos têm idades entre os 19 e 24 anos. A Audiência Nacional solicitou, ontem, que todos eles continuassem em prisão preventiva, já que são acusados do crime de “terrorismo” e “atentado”.
É de recordar que a ETA fez um cessar-fogo unilateral e incondicional desde 2010. E que nunca mais se registou nenhum atentado desta organização independentista armada.