António José Correia (PCP), presidente da câmara de Peniche, exigiu hoje ao Estado a quantia de cinco milhões de euros para reabilitar, a curto prazo, o Forte de Peniche. A exigência surge após a fortaleza ter sido retirada do programa Revive, um plano de reabilitação de trinta edifícios do Estado através da concessão dos mesmos a privados.
"Peniche não vai arredar pé. Se a Fortaleza foi retirada do programa Revive por razões de caráter nacional, terá de ser o Estado a financiar de forma significativa a intervenção", afirmou o autarca à agência Lusa.
A posição de Peniche surge após ter sido aprovado no Parlamento uma proposta que recomenda ao Governo a criação, já no próximo ano, de um plano para reabilitar o imóvel.
A Fortaleza de Peniche – que funcionou como prisão política durante o Estado Novo -, apresenta um “avançado estado de degradação”. Num relatório sobre o estado geral do edifício citado pela Lusa, a autarquia prevê que sejam necessários 5,5 milhões de euros para intervenções urgentes e assim evitar a eventual ruína, que em partes do imóvel "já se verifica ou está iminente".
O Governo já anunciou que vai criar um grupo de trabalho, em articulação com o município, para definir o futuro do espaço. O Executivo também se comprometeu a ter pronto, até ao final de janeiro, o diagnóstico técnico do edifício.
Até ao momento, já foram efetuadas três visitas técnicas ao local com o propósito de fazer o levantamento sobre o estado de degradação da Fortaleza, avançou à Lusa o autarca. No entanto, no Orçamento de Estado para 2017, não estão contempladas quaisquer verbas para a reabilitação do imóvel.