“Para melhor proteger os elefantes e combater o tráfico, a China vai parar de forma gradual a venda e a transformação com fins comerciais do marfim e de objetos de marfim” até ao final de 2017, refere o executivo chinês, num comunicado.
O marfim, também conhecido por ouro branco, é encarado desde sempre como símbolo de estatuto na China, onde o preço ultrapassa os mil euros por quilograma.
Em África, milhares de elefantes são caçados ilegalmente todos os anos para abastecer a demanda mundial de marfim, que se mantém, apesar das crescentes restrições mundiais.
Segundo dados de associações ambientalistas só no ano passado foram abatidos mais de 20 mil elefantes por causa do marfim. Como consequência, o World Wild Life (Fundo Mundial para a Natureza) indica que a população de elefantes no mundo está reduzida a 415 mil exemplares.
Ainda assim, a China continua a ser o maior consumidor de marfim de contrabando.
"Com o mercado chinês fechado, Hong Kong pode tornar-se no mercado preferido dos traficantes", afirmou uma responsável da WWF, Cheryl Lo, citada pela agência de notícias AFP.
As organizações internacionais esperam agora que Hong Kong acabe com o comércio de marfim até 2021.
Entre 800 e 900 negócios de contrabando ilegal de marfim são descobertos todos os anos na China, segundo dados oficiais