A 9 de janeiro de 2007, Steve Jobs anunciou um novo produto. O CEO da Apple revelava um telefone que era também leitor de música, conseguia ir à internet, dava para jogar, funcionava como agenda e tinha uma máquina fotográfica.
O iPhone foi definidor da economia atual, criando uma nova categoria de produtos, os smartphones, e mudando também os mercados do software, da música e da publicidade.
Este é um dos produtos mais lucrativos de sempre e o primeiro modelo, “2G”, ou “Edge”, que chegou ao mercado norte-americano em 29 de junho de 2007, vendeu só no primeiro dia 525 mil unidades. No fim de 2007 chega à Europa e, depois, ao resto do mundo, e passados dez anos continua a ser o responsável por dois terços das receitas anuais da Apple. No ano passado, as vendas da empresa norte-americana ultrapassaram os 215 mil milhões de dólares.
Outra inovação da altura foi a aposta nas aplicações. Este tem sido um dos principais focos da empresa e, desde que a App Store foi lançada, em 2008, os programadores de aplicações ganharam 60 mil milhões de dólares a desenvolver software à medida dos aparelhos da Apple.
Em 2016, as compras na loja chegaram aos 2,67 mil milhões de dólares, um aumento de 74% em relação a 2015. “A Apple tem o mérito das apps que trouxeram as plataformas de computação móvel para os nossos bolsos”, resume um especialista à agência noticiosa AFP.
Além disso, a marca define ainda as tendências, desde os carros que têm sistemas de “infoentretenimento” que se sincronizam com o iPhone às redes das casas inteligentes controladas por apps e smartphones rivais, mas semelhantes aos iPhone.
“O iPhone mudou o mundo porque a computação móvel faz agora parte da vida de toda a gente”, acrescenta Brian Blau, analista da Gartner.
E apesar de muitas críticas, o iPhone e o seu design minimalista, com software exclusivo, não só sobreviveram aos anos como continuam a ser um produto muito desejado.