Podia querer dizer “beats per minute” mas, na verdade, é a sigla de “bartenders, promotors, musicians” – ou as peças fundamentais para uma boa festa. Mais do que sigla, para os amantes de música eletrónica, o festival BPM é sinónimo de paraíso na terra: por um lado, tem lugar na zona mexicana de Playa del Carmen (que é mesmo uma espécie de paraíso terrestre, com as suas praias de quilómetros e quilómetros de areia cristalina e fina e um mar azul a perder de vista); por outro, por ali passam todos os grandes DJ da atualidade na área da eletrónica underground. Nomes como Solomun, Seth Troxler, Carl Craig, Carl Cox, Guy Gerber, Âme, Bonobo, Kerri Chandler e Michael Mayer, entre outros, só no cartaz deste ano, cuja edição termina no dia 15.
Criado por Philip Pulitano, que há muito passava férias em Playa del Carmen, e pelo seu amigo Craig Pettigrew, o BPM, no ano em que celebra uma década de existência – e que o faz com a maior edição de sempre, com cerca de 400 DJ ao longo de dez dias e dez noites, e cerca de 70 mil pessoas oriundas de 72 países –, anunciou que se prepara para fazer malas e partir em viagem. Mantendo Playa del Carmen, no México, como ponto de partida e de chegada, já durante este ano de 2017, o BPM prepara-se para rumar ao Brasil e a Portugal.
Foi em plena décima edição que a direção do BPM anunciou, em conferência de imprensa, os seus planos de expansão. “Fazemos este festival há dez anos e sentimos que se passaram muito depressa. Todas as edições ganhamos mais cabelos brancos, mas tem sido muito bom. Já há algum tempo que andamos a pensar em expandir o BPM e em busca da localização certa para o fazer, uma localização que se adeque ao nosso espírito, bem como andamos à procura das pessoas certas para colaborarmos”, disse a organização, para explicar depois que finalmente encontrou essas parcerias.
Assim, em primeiro lugar, o festival rumará ao Brasil, de 28 de abril a 1 de maio, numa estreia feita em parceria com o Warung Beach Club. Depois será então a vez de Portugal, em setembro, naquilo que a organização apelida de edição back to basics. “Temos o sítio certo, uma praia, e espaços indoor interessantes. Mas não podemos dizer ainda muito mais. Sabemos que Portugal tem grandes festivais, mas nada como o BPM. Aliás, não acreditamos que exista nada na Europa como o BPM. Levou algum tempo para decidirmos que era o local e o país certo, mas achamos que a vibração da cidade em questão é muito semelhante a Playa del Carmen. Ainda assim, será uma edição back to basics, com um dia e uma noite de festa.”
