Deborah Giannecchini, que vive na Califórnia, Estado Unidos, provou que o pó de talco lhe tinha causado cancro do ovário. De acordo com o seu advogado, a mulher de 62 anos tem 80% de hipóteses de morrer nos próximos dois anos devido à doença.
Deborah foi diagnosticada com cancro em 2012 após ter usado o produto da marca durante tratamentos e cirurgias, os médicos dão-lhe poucas probabilidades de sobreviver.
Este já é o terceiro caso relacionado com os efeitos secundários do pó de talco que a Johnson & Johnson perde e há pelo menos mais 1700 processos nos tribunais norte-americanos.
O advogado de Deborah afirmou em tribunal que a empresa tem conhecimento dos efeitos cancerígenos dos seus produtos há muito anos, pois existem estudos realizados nos últimos 30 anos que provam que usar pó de talco aumenta o risco de cancro do ovário, “eles sabiam e sabiam que o público não sabia”.
“Parece que eles nem sequer se importam”, afirmou Billie Ray, que fez parte do júri que julgou o caso e que acredita que a empresa deve pôr um aviso nos seus produtos prejudicais e deixar que os consumidores decidam se os utilizam ou não.
No entanto, de acordo com a Sky News, ainda que alguns estudos e investigações não tenham encontrado nenhuma ligação ou uma mínima ligação entre o uso do produto e o cancro do ovário, outros afirmam que uma mulher que utilize pó de talco regularmente na área genital tem mais de 40% de probabilidades de ter cancro do ovário.
A empresa tem desmentido todos estes estudos e garante que o seu produto é seguro.
De acordo com a Sky News, a empresa – Johnson & Johnson – emitiu um publicado em que informava que não vai aceitar a decisão, “nós vamos recorrer do veredicto de hoje pois somos guiados pela ciência, que comprova que o nosso pó te talco é seguro”.
A Agência internacional para a Investigação do Cancro da Organização Mundial de Saúde (OMS) caracteriza o produto como uma substância “possivelmente cancerígena”, mas coloca-a na mesma categoria de vários produtos utilizados no dia a dia, como o café. Devido às dúvidas que rodeiam o pó de talco, e porque não é extremamente essencial, os médicos da OMS desaconselham o seu