Ninguém se lembra que o apêndice existe, nem que ele está ‘arrumado’ algures no nosso corpo, a não ser quando decide surpreender alguém e obrigar a uma cirurgia de emergência. Em alguns casos extremos pode mesmo levar à morte.
No entanto, um estudo recente levado a cabo e publicado pela Universidade do Arizona, sugeriu que o apêndice está longe de ser inútil no corpo humano.
Num documento publicado a 9 de janeiro deste ano, os investigadores apoiam a teoria de que o apêndice pode ter função de reservatório de bactérias benéficas para o funcionamento do nosso organismo.
Para conseguirem chegar a estes resultados, a equipa de investigadores analisou cerca de 533 espécies diferentes de mamíferos, com o objetivo de encontrarem um órgão semelhante ao de um humano. Uma das primeiras pistas foi o facto de que, em todas as espécies que ao longo de milhares de anos desenvolveram um órgão semelhante, este nunca teve tendência a desaparecer. O que faz com que se coloque a seguinte questão: se ele fosse efetivamente inútil, de acordo com a teoria criada da evolução, não deveria já ter desaparecido na totalidade?
Uma análise posterior revelou que no apêndice se encontravam algumas concentrações acima da média de células que protegem o corpo de muitas infeções e que permitem uma recuperação muito mais rápida face a uma doença.
De acordo com a Dra. Heather Smith, mesmo que já tenha tirado o apêndice não há problema, apenas “poderá demorar um pouco mais a recuperar de uma doença, especialmente se essas tais bactérias benéficas já tiverem sido expelidas do organismo.”