Infarmed suspende sete farmácias hospitalares por risco para doentes

Infarmed realizou cerca de 1300 inspeções em 2016.

A Autoridade do Medicamento (Infarmed) realizou, em 2016, cerca de 1300 inspeções, a maior parte delas em locais de venda de fármacos mas com especial atenção nas farmácias dos hospitais.

"A inspeção feita pelos técnicos do Infarmed tem sido muito grande a nível hospitalar", reconheceu o presidente da Autoridade, sublinhando que o objetivo das fiscalizações não é penalizar as unidades de saúde mas "ajudar os hospitais" a melhorarem os seus procedimentos.

Foram realizadas, no total, cerca de 48 inspeções a serviços farmacêuticos hospitalares, englobando 31 hospitais, dos quais 24 eram do setor público e sete do setor privado.

Foi então recomendada a suspensão de atividade em sete casos de farmácias hospitalares por risco elevado para os doentes. Entretanto já foram reabertas algumas destas farmácias.

O presidente do Infarmed, Henrique Luz Rodrigues, em declarações à Agência Lusa, explicou que "as situações mais graves são aquelas em que há o fecho de condições e de locais para a preparação dos citostáticos (medicamentos contra o cancro)".

"Estas são as situações relevantes. O fecho leva a que não seja possível muitas vezes preparar ou administrar os medicamentos naqueles hospitais", afirma o responsável, avançando que tem havido uma extrema colaboração por parte das unidades de saúde.

Ainda que tenha existido um maior foco nas farmácias hospitalares, o maior número de inspeções foi em farmácias de bairro, cerca de 498, e a locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, cerca de 244.

Para além da área do medicamento, a Infarmed realizou 81 inspeções ao circuito dos dispositivos médicos e 71 ao dos produtos de cosmética.