O major-general do Exército Rui Clero deverá ser o substituto de Rui Moura como comandante operacional da GNR. O i sabe que esta é a vontade da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e que esta substituição pode ocorrer brevemente.
Confrontada com a existência de dois lugares de generais vagos na GNR, Constança Urbano de Sousa disse, em junho do ano passado, que não estava previsto o preenchimento de qualquer vaga no Corpo de Oficiais Generais. No entanto, após a demissão de Rui Moura, que só devia ter passado à reserva em abril mas decidiu abandonar o posto depois de não ter sido promovido a tenente-general, fonte oficial do gabinete da ministra disse ao “Diário de Notícias” que a responsável “pode ter de mudar de ideias”.
O i sabe que Urbano de Sousa vai pedir ao Exército esta substituição e que o nome apontado é o de Clero, um homem habilitado com os Cursos de Artilharia da Academia Militar, de Promoção a Oficial Superior, de Estado-Maior e de Promoção a Oficial General.
Para além disso, Rui Clero foi professor no Instituto de Altos Estudos Militares, Comandante do Regimento de Artilharia n.º 5 e desempenhou vários cargos em estruturas da NATO. Foi também chefe de gabinete do anterior ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco.
O i confrontou o Ministério da Administração Interna com esta informação, mas, até ao fecho desta edição, não obteve resposta.
Recorde-se que a lei orgânica da GNR prevê 11 lugares de comando para oficiais-generais. No entanto, apenas oito estão preenchidos, para além de estar previstas as passagens à reserva de outros dois generais – Esteves Pereira e Baía Afonso.