Numa altura em que se multiplicam plataformas e aplicações com os mais variados fins, chega a Portugal a “Uber das ambulâncias”.
De acordo com a mobinteg, empresa especializada no desenvolvimento de soluções mobile e de internet das coisas (IoT), trata-se de uma “plataforma, acessível via web browser, na qual o responsável pelo serviço pode gerir e monitorizar a relação entre prestadores e utentes”. A ideia desta aplicação é permitir uma fácil comunicação entre requerentes e prestadores de serviços de transporte não emergente de doentes.
O utilizador pode então criar um perfil, já com a morada, cuidados de saúde necessários e requisitos do transporte.
Ao i, a empresa explica que o transporte tanto pode ser agendado como pedido na hora. A aplicação permite ainda ter acesso a uma secção onde é indicado o local de recolha e destino, a confirmação dos serviços que foram requisitados e a faturação total.
Uma outra particularidade é, segundo a empresa, o facto de ser possível pedir o transporte para vários pacientes ao mesmo tempo, “o que permite, por exemplo, dar resposta às necessidades de lares, centros de dia e organismos similares”.
Medicamentos em casa
Além do transporte de doentes, esta plataforma oferece ainda outro tipo de serviços. Segundo Pedro Geraldes, cofundador e partner da empresa, é possível usar a aplicação também para aceder a serviços que impliquem a logística de recolha ou entrega. Ganha aqui destaque a possibilidade de aceder aos serviços de lavandaria, farmácia e/ou refeições.
A aplicação, que chega agora a Portugal, pode funcionar, “por exemplo, como suporte para farmácias que entregam medicamentos ao domicílio. O requerente pode indicar quais os medicamentos de que necessita e recebê-los em casa, ao efetuar um pedido ao serviço de entregas”.
O sistema foi criado entre 2013 e 2014 e chega agora a Portugal. O primeiro cliente da plataforma, que já está disponível, foi a norte-americana Sacred Cross EMS, maior empresa de transporte de doentes não emergentes do estado do Texas.
Há poucos anos, um dos problemas denunciados pelos técnicos de ambulância e emergência era que mais de metade dos casos transportados pelas ambulâncias não eram urgentes. Muitas vezes, os casos de perigo ficavam a descoberto.