Na apresentação do Estudo Económico da OCDE sobre Portugal, o secretário-geral enfatizou que em Portugal o “ímpeto reformista tem de continuar” de forma a “manter os progressos” e “superar o contexto internacional” que está “mais difícil” e mais vulnerável”.
De acordo com Angel Gurria a economia mundial está com um”crescimento lento” com “maior protecionismo” e níveis de “confiança a diminuírem”, um panorama que obriga Portugal a “mais trabalho”.
O responsável elencou o elevado “endividamento público e privado” ou a “produtividade baixa” como problemas da economia do país, lembrando que as “baixas competências e qualificações travam a produtividade” e são um obstáculo à “redução da desigualdade” e à “redistribuição dos rendimentos”.
Para colmatar estas debilidades, a nível macroeconómico a OCDE recomenda a “manutenção das reformas estruturais” e a “gradual consolidação orçamental” a fim de garantir a redução da dívida pública.
No campo do endividamento a organização liderada por Angel Gurría aponta o reforço “dos atuais incentivos de natureza regulamentar para reduzir o crédito malparado” e o apoio ao “desenvolvimento de um mercado para o sobreendividamento”.
Para que haja mais investimento a OCDE considera que é necessária, entre outros aspectos a redução da “duração dos julgamentos” e a para que haja um aumento das qualificações destaca o “reforço das ligações entre a investigação e o setor empresarial”.