“God Bless America, land that I love, stand beside her, and guide her through the night with light from above. This land is your land, this land is my land, this land was made for you and me. One nation, under God, indivisible, with liberty and justice for all”. Foi assim que, a partir do telhado do NGR Stadium, em Houston, Lady Gaga começava aquele que é o intervalo mais disputado de todos: o da Super Bowl.
Ao contrário do que se esperava, a cantora – apoiante de Hillary Clinton e crítica ativa de Donald Trump, além de assumida defensora dos direitos das minorias – não fez do seu concerto um comício anti-Trump. Mas o tom ficou marcado logo com esta intervenção inicial, roubadas à canção “This Land is Your Land”, de Woody Guthrie, e misturadas com o tema escrito por Irving Berlin “God Bless America”, ambas sobre um país livre e unido, que respondem diretamente às políticas anti-imigração do novo presidente dos EUA.
Depois, e tal como já havia anunciado, Lady Gaga foi igual a si mesma. E deixou que as mensagens das suas músicas falassem por si. É o caso de “Born This Way”, que se tornou já um hino do direito à identidade. Ou o momento em que se abraçou a uma jovem afro-americana ao mesmo tempo que entoava o final da canção “Million Reasons”: “Why don’t you stay? Stay”.
Rodeada por dezenas de bailarinos e cerca de 300 drones, com muito fogo-de-artifício à mistura, Lady Gaga revisitou os seus maiores sucessos, como "Poker Face", "The Edge of Glory", “Million Reasons” e “Bad Romance”.
Para terminar, Lady Gaga deixou cair propositadamente o microfone, num mic drop, a fazer lembrar Barcak Obama. É caso para dizer Lady Gaga Out.
Wow … if you missed it … @ladygaga's amazing halftime #SuperBowl performance – complete with drones https://t.co/yosUq75oXo
— Zora Suleman (@ZoraSuleman) February 6, 2017