Nicolas Sarkozy vai mesmo ser julgado pelo alegado financiamento ilegal da campanha presidencial de 2012, perdida para o atual presidente, François Hollande. O antigo chefe de Estado francês tinha sido acusado pelo Ministério Público no início de setembro do ano passado e, segundo uma fonte judicial que falou com a agência AFP, a decisão de o levar a julgamento foi tomada na passada sexta-feira.
Segundo a acusação, Sarkozy e outras 13 pessoas terão falsificado contas, com o intuito de esconder 18.5 milhões de euros, utilizados na corrida ao Palácio do Eliseu.
Em França existe um limite definido para gastos em campanha, de 22.5 milhões de euros, pelo que o antigo partido de Sarkozy, a União por um Movimento Popular (UMP), em conluio com a empresa de relações públicas Bygmalion, terá engendrado um esquema para exceder esse limite, sem necessidade de declarar os restantes gastos. Os 18.5 milhões terão sido cobrados pela empresa diretamente ao partido, em vez de inseridos na fatura final da campanha presidencial.
De acordo com a BBC, em declarações à polícia em 2015, o ex-presidente descreveu as suspeitas de financiamento ilegal como uma “farsa” e colocou todas as responsabilidades em cima da UMP e da Bygmalion.