E em causa está o facto de ser necessário saber o que diz o relatório sobre a migração de aves naquela zona.
No entanto, Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, garantiu esta quinta-feira que isto não implica qualquer “adiamento”.
"Não há adiamento de natureza nenhuma, nós vamos dar passos próximos para o desenvolvimento do projeto. O projeto tem várias etapas e uma das etapas é exatamente aquela que, espero eu, que nos próximos dias ou nas próximas semanas será dada. Em breve terão conhecimento do que se trata", disse Pedro Marques.
E acabou mesmo por acrescentar: “A questão que foi colocada pelo senhor primeiro-ministro não é de hoje, não é de ontem, nós sabemos obviamente por razões de segurança, por razões ambientais, os estudos de impacto ambiental, os estudos dos movimentos migratórios de aves têm que acontecer e estão a acontecer com normalidade".
A verdade é que, apesar das declarações de Pedro Marques, o discurso do primeiro-ministro mostrava a necessidade de esperar por um resultado. Até lá, nenhuma decisão podia ser definitiva: “Temos acordado com a ANA [Aeroportos de Portugal] que é necessário aprofundar o estudo relativamente à solução que aparenta viabilidade, que é a do Montijo, mas é uma viabilidade que está condicionada ainda a dados que só poderemos ter no final do ano, designadamente sobre o impacto de ser uma zona de migração de pássaros".