O FC Porto vai a jogo para o campeonato já esta sexta-feira, dois dias antes do Benfica, tendo assim a oportunidade de ultrapassar os encarnados: basta-lhe vencer o Tondela no Dragão. Ciente desse facto, o treinador dos dragões, Nuno Espírito Santo, admite que um triunfo é imprescindível.
"Só perspetivamos o nosso trabalho, mas se vencermos podemos colocar mais pressão. Não queremos resolver as coisas depressa. Temos de saber o que fazer", realçou o técnico, que já conta com Danilo, Alex Telles e Marcano, poupados no treino de terça-feira.
Longe do pensamento de Nuno está, para já, o jogo da próxima semana com a Juventus, a contar para a Liga dos Campeões. "Temos de pensar é numa vitória em nossa casa e manter esse registo. São três pontos importantes para o que queremos no nosso futuro. É um FC Porto que projeta três pontos, o futebol é o momento e o que importa é o jogo que vem a seguir. Não há memória do que está para trás e o que importa é a vitória na nossa fortaleza. Não existe Juventus até ao jogo com o Tondela, só existe preparação para esse jogo, esse foco. Os jogadores não caem no erro de pensar em algo mais do que apenas no Tondela. Tudo são momentos. O mais importante é o próximo. Não há memória, o futuro é que conta. O presente é o Tondela", alertou o treinador.
Nos últimos jogos, o FC Porto tem registado índices negativos (ou perto disso) no que respeita à posse de bola: 46 por cento frente ao Rio Ave, 52 por cento no Estoril, 34 por centro contra o Sporting e 42 por cento em Guimarães. Um aspeto que não preocupa de forma nenhuma o seu treinador. "Tudo são circunstâncias. Às vezes é isso que o jogo pede. Somos uma equipa versátil e interpretamos bem os momentos do jogo. Temos mais opções, os jogadores estão preparados para desmontar adversários e mais capazes de chegar ao golo. Queremos ser mais maduros. O crescimento tem de ser sustentado e os passos dados estão a ser seguros", asseverou Nuno Espírito Santo.
Em foco tem estado Soares, que soma três golos em dois jogos com a camisola azul e branca. Pelo contrário, André Silva não faturou no mesmo período, o que levou a questões sobre a complementaridade entre os dois jogadores no ataque. Mais uma vez, Nuno desvalorizou os números. "Não concordo com essa ideia. O André não está em quebra. Estou consciente do trabalho que está a fazer. Não gosto de individualizar, o André é bastante importante para nós. Soares? O contributo dele tem resultado em golos, mas a eficácia vai muito além disso: quem rouba a bola, quem faz o passe… Quem sustenta tudo isso é a equipa", finalizou.