O julgamento da Operação Fénix arrancou esta quarta-feira no 'tribunal improvisado' no quartel dos Bombeiros Voluntários de Guimarães. Tal deve-se ao facto de a Comarca de Braga não dispor de uma sala com capacidade para acolher tanta gente – este processo tem 54 arguidos.
O Comandante Bento Rodrigues Marques explicou ao SOL que este é o terceiro julgamento que se realiza no salão nobre do quartel dos bombeiros. Um deles foi o caso das seguradoras burladas: 16 companhias de seguros foram lesadas após a simulação de 23 acidentes. O caso, julgado em 2013, envolveu 43 arguidos.
"O salão nobre está preparado para receber este tipo de eventos, tivemos apenas de retirar algumas coisas das galerias", explicou o comandante Bento Rodrigues Marques, reforçando que não são realizados casamentos ou batizados no auditório, que recebe apenas iniciativas relacionadas com a instituição e julgamentos de grandes dimensões.
O responsável referiu ainda que o trabalho dos bombeiros não será condicionado pelo julgamento: "Tudo continua a funcionar normalmente, pois o salão nobre fica na ponta oposta à parte operacional", explicou ao SOL.
Recorde-se que entre os 54 arguidos da Operação Fénix estão o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o antigo administrador da SAD do clube, Antero Henriques. Este processo está relacionado com a utilização ilegal de seguranças privados e os arguidos respondem por associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte, tráfico, posse de arma proibida e favorecimento pessoal.